Geral Ciência e Saúde

Países pobres terão 1,3 bilhão de doses de vacinas contra a Covid-19 no primeiro semestre de 2021, diz Covax

Por Redação

18/12/2020 às 13:03:27 - Atualizado há
Doses fazem parte das 2 bilhões que a iniciativa, liderada pela OMS para garantir uma distribuição equitativa de vacinas contra a doença, pretende distribuir no ano que vem. Brasil não está entre os mais pobres, mas integra a aliança. Frasco da vacina da Pfizer que recebeu autorização de uso de emergência, no George Washington University Hospital

Jacquelyn Martin/Pool via Reuters

A aliança Covax, iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) para garantir o acesso equitativo a uma futura vacina da Covid-19, anunciou nesta sexta-feira (18) que 92 países pobres deverão ter acesso a 1,3 bilhão de doses de uma vacina contra a Covid-19 no primeiro semestre de 2021. As primeiras entregas deverão ocorrer no primeiro trimestre do ano.

As doses fazem parte das cerca de 2 bilhões que a Covax pretende distribuir no ano que vem, para todos os 190 países participantes da iniciativa. O Brasil é um dos que integram a aliança, mas não está na lista dos países mais pobres (veja lista ao final da reportagem).

Segundo a Covax, as doses garantidas a países pobres serão para vacinar, primeiro, grupos vulneráveis. A meta é chegar a 20% da população de cada país imunizada até o fim do ano que vem. Doses adicionais devem ser entregues a partir de 2022.

As negociações anunciadas incluem as seguintes quantidades:

Vacinas previstas na Covax

A Covax também terá o primeiro direito de recusa em 2021. Com isso, poderá acessar mais de um bilhão de doses que serão produzidas por candidatos do portfólio de pesquisa e desenvolvimento da aliança. O número é calculado com base nas estimativas atuais dos processos de fabricação, e ainda está sujeito ao sucesso das vacinas e à aprovação regulatória.

Até agora, a Covax já reuniu US$ 2,4 bilhões em doações (cerca de R$ 12,2 bilhões).

Países mais pobres

O Brasil aparece na lista da Covax como uma economia com "autofinanciamento potencial", que reúne 80 países ao todo.

Já os classificados como mais pobres são os seguintes:

Baixa renda:

Afeganistão

Benin

Burkina Faso

Burundi

República Centro-Africana

Chade

República Democrática do Congo

Eritreia

Etiópia

Gâmbia,

Guiné

Guiné-Bissau

Haiti

Coreia do Norte

Libéria

Madagascar

Malaui

Mali

Moçambique

Nepal

Níger

Ruanda

Serra Leoa

Somália

Sudão do Sul

Síria

Tadjiquistão

Tanzânia

Togo

Uganda

Iêmen

Renda média-baixa:

Angola

Argélia

Bangladesh

Butão

Bolívia

Cabo Verde

Camboja

Camarões

Comores

Congo-Brazaville

Costa do Marfim

Djibouti

Egito

El Salvador

Eswatini

Gana

Honduras

Índia

Indonésia

Quênia

Kiribati

Quirguistão

Laos

Lesoto

Mauritânia

Estados Federados da Micronésia

Moldávia

Mongólia

Marrocos

Mianmar

Nicarágua

Nigéria

Paquistão

Papua Nova Guiné

Filipinas

São Tomé e Príncipe

Senegal

Ilhas Salomão

Sri Lanka

Sudão

Timor-Leste

Tunísia

Ucrânia

Uzbequistão

Vanuatu

Vietnã,

Gaza e Cisjordânia

Zâmbia

Zimbábue

Elegíveis para Associação de Desenvolvimento Internacional do Banco Mundial:

Dominica

Fiji

Grenada

Guiana

Kosovo

Maldivas

Ilhas Marshall

Samoa

St. Lucia,

St. Vincent and the Grenadines,

Tonga

Tuvalu

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