O ministro da Saúde Marcelo Queiroga afirmou, nesta sexta-feira (14), que o país pode dobrar a quantidade de leitos de terapia intensiva para dar conta do tratamento de casos graves de Covid-19, caso seja necessário.
Queiroga mencionou os leitos de UTI que foram desativados à medida que diminuía a ocupação e que, portanto, podem ser reabilitados, evitando assim um colapso no sistema de saúde, como ocorreu no início de 2021.
"Havendo uma nova pressão da necessidade de mais leitos, aqueles leitos serão naturalmente reabilitados. Então quando se fala no percentual de leitos ocupados, está se falando dos leitos habilitados, não do total de leitos", disse Queiroga.
O ministro fez referência ao alerta emitido na quarta-feira (12) pela Fiocruz sobre a taxa de ocupação de leitos disponíveis em algumas capitais, como Fortaleza (CE), Recife (PE), Belo Horizonte (BH) e Goiânia (GO), que já estão atingindo o nível crítico.
Tudo isso ocorre em meio a uma nova onda de alta nos índices de infecções, em parte devido à disseminação da variante ômicron, outras cepas do coronavírus, além de outros vírus que circulam pelo país.
"Apesar da expectativa que há em função da ômicron, nós temos uma tranquilidade, porque o Ministério da Saúde tem monitorado todos esses aspectos e estamos preparados para assistir a população brasileira", declarou o ministro.
Queiroga também cobrou estados da região Norte que ainda não avançaram o suficiente na vacinação de segunda dose e reforço da imunização contra a Covid-19.
"Hoje tem vacina e o lugar da vacina é estar aplicada nos brasileiros. O estado do Maranhão é um deles, a cidade de São Luís vacina muito bem e no estado o percentual [de novas infecções] é muito baixo. Nós temos o Amapá, temos Roraima, o Pará com dificuldade em aplicação de vacina. É necessário que esse ritmo da aplicação da segunda dose e da terceira dose seja acelerado", reiterou o ministro.
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