O jornalista Tão Gomes Pinto morreu nesta sexta-feira, 29, aos 83 anos. Ele esteve presente na fundação das revistas Veja e IstoÉ - onde foi chefe de redação entre 1993 e 1996 - e trabalhou no Jornal da Tarde e no Estadão, jornal em que venceu o prêmio Esso, em 1966.
Tão, apelido de Sebastião Rubens Gomes Pinto, filho da artista Wega Nery, nasceu em São Paulo em 27 de fevereiro de 1939, e acompanhou os bastidores da política ao longo de quase toda a metade do século 20 e não deixou de observar e analisar o cenário nacional nos anos seguintes. Ele foi autor dos livros O Elefante é um animal político (Geração Editorial, 2006), em que conta os bastidores da escolha do vice de Tancredo Neves e outros causos políticos, e Ele, Paulo Maluf, Trajetória da Audácia (Editora Ediouro, 2008).
"É uma pessoa muito querida que vai fazer muita falta. Era um grande amigo, um homem doce e afetivo. Ele tinha um humor muito sutil e refinado", disse ao Estadão o jornalista e escritor Simon Widman. O ponto mais forte de Tão, conta Simon era a qualidade dos textos. "Ele escrevia de uma forma muito simples e conseguia ser muito profundo. Quando fazia análises políticas, escrevia com uma clareza e profundidade muito grandes", afirmou.
A família informou que o jornalista estava hospitalizado desde o dia 23. A despedida acontecerá neste sábado, 30, em Indaiatuba.
"Que tristeza! Tantas memórias, tanto ainda a contar. E a pena de não o ter conhecido pessoalmente", escreveu o ex-ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro. Outros jornalistas, como Miriam Leitão, Silvio Lancelotti e Marli Gonçalves, enviaram mensagens de solidariedade. "Um dos pioneiros das revistas Veja e IstoÉ. Tive o prazer de conviver com ele e o privilégio de muito aprender com ele", escreveu Silvio Lancelotti.
O TEMPO