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Japão e EUA tentam emplacar novo bloco econômico em contraposição à China

Por Redação

08/05/2022 às 12:01:47 - Atualizado há

Washington busca parceiros para um bloco econômico que combata a crescente influência chinesa As principais autoridades econômicas japonesas e americanas pediram uma rápida implementação do Quadro Econômico Indo-Pacífico (Ipef) proposto por Washington, enquanto os Estados Unidos buscam parceiros para um bloco econômico para combater a crescente influência da China.

"Concordamos que deveríamos reunir o maior número possível de países com ideias semelhantes e lançá-lo em um futuro próximo", disse o ministro japonês da Economia, Comércio e Indústria, Koichi Hagiuda, a repórteres após se reunir na quarta-feira com a representante comercial dos Estados Unidos, Katherine Tai, e a secretária de Comércio, Gina Raimondo.

A representante comercial dos Estados Unidos, Katherine Tai, que esteve reunida com o ministro japonês da Economia, Comércio e Indústria, Koichi Hagiuda, e a secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo

Bill O'Leary/AP

"Congratulamo-nos com um maior envolvimento econômico dos Estados Unidos no Indo-Pacífico", disse ele. "Queremos contribuir para tornar o Ipef uma realidade."

Raimondo "expressou sua gratidão ao ministro Hagiuda e ao governo do Japão" por seu apoio à iniciativa, de acordo com uma leitura do Departamento de Comércio.

A estrutura, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em outubro, visa construir uma esfera econômica na região para rivalizar com a China, por meio da cooperação comercial e da cadeia de suprimentos com o Japão e os países do Sudeste Asiático. Washington também procura colocar a descarbonização e medidas sobre impostos e combate à corrupção no centro da iniciativa.

O governo Biden apresentou a proposta como uma alternativa à participação dos Estados Unidos no Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífica (CPTPP). Washington se retirou das negociações sobre esse acordo em 2017, enquanto ainda era conhecido como Parceria Transpacífico (TPP), e a oposição doméstica continua forte.

Mas, diferentemente do CPTPP, o Ipef não chega a pressionar por tarifas mais baixas. Há preocupações de que isso possa tornar a estrutura menos eficaz, já que muitos países asiáticos esperam maior acesso aos mercados dos Estados Unidos, o que é parte do motivo do impulso do Japão por ações concretas.

Enquanto isso, a China vem assumindo um papel maior na formação de estruturas econômicas na região. A Parceria Econômica Abrangente Regional (RCEP), que conta com a China como seu maior participante, foi lançada no início deste ano, e Pequim está buscando a adesão ao CPTPP.

Embora o Japão espere que Washington eventualmente retorne ao CPTPP, isso parece improvável de acontecer tão cedo, dadas as preocupações nos Estados Unidos sobre o potencial impacto na indústria doméstica. O tema não foi abordado durante esta viagem.

Fonte: VALOR
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