O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, apagou a publicação do Twitter de um vídeo mostrando um motorista desperdiçando gasolina em um posto de combustível. Na gravação, divulgada pelo ministro nesta sexta-feira (8), um grande volume de combustível é derramado no momento do abastecimento de um veículo.
O motorista ordenou ao frentista para encher o tanque e declara: "A gasolina abaixou, é Bolsonaro". Em seguida, ele puxou a bomba de abastecimento da mão do frentista e derramou o produto pelo carro, com incentivo de quem estava filmando. A cena repercutiu mal não apenas pelo desperdício, mas também pelo risco de incêndio colocado tanto ao motorista quanto às demais pessoas que estavam no posto.
Na publicação, que foi apagada, Sachsida parabenizou a ação do motorista, considerando que demonstra a "alegria do brasileiro com a queda do preço da gasolina". "Deixo meu abraço a esse brasileiro que não conheço mas que alegrou meu dia com sua alegria e bom humor", escreveu o ministro na rede social.
A comoção bolsonarista demonstrada no vídeo se deve à redução de pouco mais de R$ 1 nos preços das bombas após determinação do limite na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de combustíveis a 17%. O teto virou lei assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em 23 de junho.
Na quinta-feira (7), o Diário Oficial da União publicou um decreto assinado pelo mandatário obrigando os postos de combustíveis a exibirem os preços dos produtos em 22 de junho, antes do limite do ICMS, e depois, no momento da compra, "de modo que os consumidores possam compará-los".
Também na quinta-feira, Sachsida comemorou, pelas redes sociais, a diminuição do preço da gasolina em um posto Ipiranga localizado no Noroeste, área nobre de Brasília. Na publicação, ele escreveu: "Preço da gasolina abaixo de R$ 6 em Brasília. Com transparência, competição e trabalho duro os resultados aparecem".
No mesmo dia, o Bolsonaro aproveitou a live transmitida pelas redes sociais para incentivar os cidadãos a checar se o preço dos combustíveis foi reduzido após a sanção da lei do teto do ICMS e o decreto.
"Peço a vocês que botam combustível no carro, peçam a nota do posto de combustível e tem que vir lá, na nota fiscal, o preço do combustível praticado no dia 22 último e o preço de agora para você ver se diminuiu em média 20% ou não. Caso não diminuiu, vamos cobrar do dono do posto de combustível o porquê não diminuiu", disse Bolsonaro.
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