Há continuidade de alta nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em 23 das 27 unidades federativas. A tendência de longo prazo foi medida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e é relativa às últimas seis semanas epidemiológicas. Informações foram divulgadas no “Boletim InfoGripe”, que acompanha a pandemia de Covid-19 no Brasil, nesta quarta-feira (13).
A principal causa da síndrome continua sendo infecção pelo coronavírus nas últimas quatro semanas. “A prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 2,4% para influenza A, 0,1% para influenza B, 7,6% para vírus sincicial respiratório e 77,6% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,0% para influenza A, 0,1% para influenza B, 1,4% para vírus sincicial respiratório (VSR) e 94,5% para Sars-CoV-2 (Covid-19)”, explica a Fundação.
A faixa-etária mais afetada é de adultos, mas crianças com até quatro anos também são alvo. Os quadros de SRAG, detalha o coordenador do relatório, Marcelo Gomes, em nota, são consequência do aumento de casos de Covid-19.
O cenário aponta alta de casos de SRAG nos Estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. Estabilidade ou queda foram registradas no Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo.
Dezenove das 27 capitais apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Salvador (BA), São Luis (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES). Há 5 macrorregiões “em nível pré-epidêmico; 12 em nível epidêmico; 77 em nível alto; 23 em nível muito alto; e 1 em nível extremamente alto”, diz o documento.
“A análise das curvas de cada UF indicam que, de modo geral, nos estados das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste observa-se uma desaceleração no ritmo de crescimento. Com alguns estados já indicando formação de platô na análise de curto prazo. No entanto, nas regiões Norte e Nordeste há sinais de manutenção de crescimento ainda em ritmo elevado”, conclui a Fiocruz.
O TEMPO