Grupos indígenas de várias etnias realizaram nesta terça-feira (6/9) um ato na Praça da Estação, no Centro de Belo Horizonte, em defesa da Amazônia, que, só nos três primeiros dias deste mês, registrou metade do número de queimadas de setembro de 2021.
O ato reuniu cerca de 300 pessoas, entre xakriabás, pataxós, xukurus, krenaks e outros povos de diferentes partes de Minas Gerais, além de estudantes e apoiadores dos temas.
A ação ocorre um dia após o Dia da Amazônia, marcado para segunda-feira (5/9), e um dia antes da Independência do Brasil, nesta quarta (7/9). Ela teve como intenção conscientizar a população da urgência de alterar as atuais políticas ambientais que têm devastado não apenas a região da floresta como também outros biomas do país.
"Minas foi o estado que mais desmatou. Fortes pressões das minerações que estão aqui. Matou Rio Doce, Paraopeba, Mariana e Brumadinho", afirmou a antropóloga Célia Xakriabá.
Ela ressaltou ainda que os povos indígenas representam 5% da população mundial, mas que são responsáveis pela preservação de mais de 80% da biodiversidade do planeta.
"A Serra do Curreal é um caso de repercussão geral, mas Minas Gerais está toda comprometida. Se essas pessoas realmente se importam com a economia, destruir o meio ambiente vai custar mais caro", afirmou Célia.
Estado de Minas