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BRASIL

Sexta todo dia? Mercado em MG vai receber novas cervejas durante a Copa do Mundo


Se nas ruas o famoso "clima de Copa" ainda não é uma realidade tão visível entre a população, o mercado cervejeiro já se movimenta para lucrar durante o torneio mundial de seleções, que começará a ser disputado na próxima semana no Catar. Em Minas Gerais, ao menos três marcas lançaram cervejas especiais para o período ou renovaram embalagens para atrair o consumidor. A movimentação ocorre em meio a uma projeção de aumento em até 10% no volume de vendas na reta final do ano, conforme o Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral de Minas Gerais (Sindbebidas).

O maior interesse da população, segundo a organização, será por cervejas artesanais, em que o crescimento pode até ultrapassar os 10%. Nas caso das mais populares, a estimativa é de um acréscimo de 8%. A expectativa é de que o setor registre o melhor final de ano, desde 2019, contou Marco Falcone, vice-presidente do Sindbebidas e presidente da Federação Brasileira da Cerveja Artesanal (Febracerva). “A gente já vinha em uma crescente, com aumentos de 15% ao ano que foram interrompidos pela pandemia. Neste ano será expressivamente o maior resultado”, celebra.

Uma das marcas com apostas para a Copa é a Prussia Bier, de São Gonçalo do Rio Abaixo. A cervejaria, inclusive, já nota a tendência maior de consumo. Após o lançamento da "Brazuquinha", os pedidos superaram as expectativas. A cerveja será vendida apenas virtualmente em latões e tem a composição à base de água, lúpulo, malte, leveduras e raspas de limão. “Já está fazendo sucesso. Trabalhamos inicialmente com a produção de três mil latas, mas já vendemos 2 mil latas em dois dias. Estamos correndo para produzir mais”, contou a gerente de marketing da Prussia, Amanda Gouveia.

Segundo ela, o produto especial para a Copa do Mundo, além do nome, remete ao Brasil também na composição. A ideia, contou Amanda, foi oferecer um sabor refrescante com aromas e sabores de lúpulo e evidenciando sabores cítricos. O teor alcoólico é de 5%. “É uma cerveja leve, que não vai empanzinar. Um sabor tropical e muito refrescante”, acrescentou. Outra aposta disponível aos "cervejeiros de plantão" que pretendem inserir a bebida na programação de jogos da seleção é a linha especial produzida pela cervejaria Tarin, de Nova Lima.

A marca vai oferecer cervejas especiais, e em latas temáticas, que relembram cada um dos cinco títulos mundiais conquistados pela seleção. No site da cervejaria, já constam disponíveis a 62, em lembrança ao bicampeonato, e a 94, atrelada ao tetracampeonato. As latas apresentam os placares das partidas finais em que o Brasil se sagrou campeão, os estádios em que foram disputadas, e uma ilustração do lance mais importante de cada um dos jogos.

A cerveja em homenagem ao título de 1962 é uma “triple IPA de 9,2% de ABV (teor alcoólico) com terpenos isolados que remetem à tangerina”, informa a Tarin. Já a latinha de 1994 é envasada com uma “IPA com infusão de café Catucaí 2SL de Minas Gerais”, detalhou a cervejaria. Fora do território mineiro, as novidades na cervejaria também partem do Paraná.

A Way Beer, empresa com sede em Pinhais, criou oito opções de cervejas inspiradas em países que são destaque no setor e que estarão presentes na Copa do Mundo do Catar. Os rótulos preparados são da Inglaterra, México, Austrália, França, Alemanha, Brasil, Bélgica e Estados Unidos. “8 rótulos incríveis seguindo estilos clássicos de países igualmente fantásticos”, argumenta a Way Beer

De carona com a Copa

Com a promessa de maior consumo na reta final do ano, a Läut anunciou a criação de latas de 269 e 350 ml. A cervejaria estima que o crescimento na venda será de 20% com proximidade entre Copa do Mundo, Natal e Réveillon. A principal cerveja da marca já estava disponível em latas 473 ml e em garrafas de 600 ml e long neck 355 ml. “As latas têm muito apelo em eventos de rua, gela mais rápido, e são as preferidas de churrascos na beira da piscina, por exemplo”, justifica.

Alto preço é empecilho para novidades no churrasco

Em outubro, alguns frigoríficos como PifPaf e Saudalli apresentaram ao mercado produtos especiais pensando no churrasco que também deve acompanhar a cerveja nos jogos da Copa. A PifPaf reforçou a linha Grill, com pão de alho e uma petiscaria composta por mais de 15 produtos congelados, que devem ser levados ao forno antes do consumo. Na lista de petiscos estão desde anéis de cebola, dadinho de tapioca, esfirras e coxinhas, frango e costelinha a passarinho e meio de asa com toque de cerveja, segundo a empresa.

No caso da Saudalli, os lançamentos são mais voltados às festas natalinas e de virada do ano, mas também haverá reforço nas linhas dedicadas à churrasqueira. Mas apesar da oferta no mercado, o churrasco ficou 76,9% mais caro neste ano, em comparação com o Mundial de 2018 na Rússia. A variação diz respeito ao preço da carne.

A elevação generalizada de preços deve-se, em grande parte, aos efeitos da pandemia sobre a cadeia econômica global. Mas a carne, especificamente, sofre efeitos de alta anteriores à Covid-19, explica a economista da XP Investimentos Tatiana Nogueira, que realizou o levantamento com base na inflação calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“No final de 2019, tivemos a gripe suína africana na China e essa doença fez com que houvesse grande descarte de porcos por lá. Com a falta dessa proteína animal, eles passaram a importar muito mais carne bovina do Brasil, o que fez com que os preços subissem bastante naquele ano. A expectativa é que, depois que essa doença passasse, houvesse normalização, e ela estava em curso”, detalha.

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