O estudo tarifário leva em consideração todos os índices que afetam diretamente no custo final, como: preços dos insumos, dados do sistema como quilometragem, quantidade de passageiros, projeção de reajuste salarial dos condutores de ônibus, dentre outros. A análise é feita com base em notas fiscais.
O valor apresentado pelo conselho previa aumento de aproximadamente 8% em relação ao atual pago em dinheiro, passando de R$ 4,15 para R$ 4,51.
Com o congelamento da tarifa que perdura desde 2020, os usuários continuarão pagando o mesmo preço para pagamento no dinheiro e R$ 3,65 para quem optar pelo cartão Divipass.
Ao formalizar a decisão, o prefeito alegou que o aumento da também chamada "passaginha" iria "inviabilizar a utilização do serviço".
"Devemos lembrar que o transporte público é um serviço que possui caráter essencial, ou seja, deve servir à toda população e, na atual conjuntura econômica, elevar o valor da tarifa significa inviabilizar a utilização do serviço por dezenas de milhares de usuários, que são pessoas de baixa renda”, destacou o prefeito de Divinópolis.
Azevedo ainda alegou que há fatores contribuindo para que o custo do transporte público cai na cidade.
"Se compararmos o valor sugerido pelo Comutram no final do ano de 2021, que foi de R$6,09 e o valor sugerido agora, em dezembro de 2022, de R$4,51, podemos verificar que existe um conjunto de fatores e situações fazendo com que o preço da tarifa de transporte público decresça e o município está contribuindo para isso, ao subsidiar o transporte público", argumentou.
Desde o início do ano, o município subsidia o transporte público em quase R$ 5,6 milhões. Complemento tarifária de aproximadamente R$460 mil por mês. Na época da aprovação, a justificativa do governo era de evitar o reajuste da tarifa.
Além disso, segundo a administração, o governo federal repassou outros R$ 3 milhões ao longo deste ano referentes a gratuidade do transporte. *Amanda Quintiliano especial para o EM