Os dois foram recebidos pelo presidente da CMBH, o vereador Gabriel Azevedo (sem partido). Antes da reinauguração, Azevedo os levou para uma visita ao Salão Nobre da Casa, onde estão quadros com retratos de todos os vereadores que já presidiram o local.
Em seguida, os três foram para a entrada da Sala de Imprensa, que fica ao lado do Plenário Amynthas de Barros. Agora, no local além de uma placa com o nome do homenageado, há também uma fotografia do jornalista.
“A Câmara Municipal de Belo Horizonte respeita profundamente a democracia. E não tem democracia sem liberdade de imprensa e sem jornalismo. O Estado de Minas, este grande jornal dos mineiros, tem um papel fundamental na cobertura dos fatos políticos do estado e desta cidade”, destacou Azevedo.
Ele afirmou que nada mais justo do que ter uma foto do homenageado “olhando atentamente” para quem entra no local. “Essa Câmara, talvez no passado, tinha medo de jornalista, transparência e de abertura. Mas agora queremos a imprensa como uma grande aliada para cobrir o espaço onde a cidade se encontra”, frisou.
Emoção e mudanças
Após a reinauguração, o diretor-presidente do Estado de Minas, Álvaro Teixeira da Costa, disse que recebeu a homenagem ao pai com emoção. “O presidente (Gabriel Azevedo) disse que a Câmara é a Casa da democracia e eu completei, é da memória também. Essa sala já existia e, por algum problema que se perdeu no tempo, foi esquecida”, ressaltou.
Teixeira da Costa contou que, em conversa com Azevedo, durante visita do vereador ao jornal, o presidente da CMBH se lembrou da história. O diretor-presidente lembra que o vereador se comprometeu a retornar com a placa e a foto em homenagem ao jornalista. “Muito obrigado ao presidente e vamos trabalhar juntos, precisamos crescer essa cidade, esse estado e o país, que passaram por períodos complicados nos últimos tempos.”
O presidente da Casa, que
tomou posse para o biênio 2023/2024, na tarde desse domingo (1°/1), também destacou que a relação com a imprensa vai mudar em sua gestão. “A imprensa passa a ter acesso ao plenário para cobrir as nossas sessões. Esse parlamento é lugar de democracia, transparência e ética. Por isso, o jornalismo vai ser parceiro de primeira hora”, reafirmou.
“Está ali uma foto que homenageia Geraldo Teixeira da Costa, um dos grandes jornalistas que Minas e o Brasil já tiveram. Ele vai estar aqui, neste pórtico, dando sorte e iluminando quem vier cobrir a Câmara Municipal”, disse apontando para o retrato.
Azevedo lembrou que também é jornalista. “Há um quê de corporativismo nessa história”, brincou.
Acervo de Belo Horizonte
Após a homenagem, o presidente da Casa conduziu os convidados para uma visita ao Plenário Amynthas de Barros e mostrou a cadeira que será usada por ele nas sessões legislativas. Durante seu discurso de posse ontem, o vereador contou que resgatou o objeto usado por Afonso Pena - presidente do Conselho Deliberativo, embrião do Poder Legislativo Municipal, em 1900. Azevedo contou que a cadeira estava guardada em um local na CMBH e decidiu levá-la para o plenário como forma de resgatar a história da capital.
“Belo Horizonte tem uma História incrível que precisa ser valorizada. Uma das metas para o dia 12 de dezembro, o próximo aniversário (da cidade), é fazer uma parceria entre a Câmara, a Prefeitura de BH e o Minas Tênis Clube”, anunciou.
O presidente da Casa explica que o casarão tombado, localizado na Rua da Bahia, número 2.425,
foi cedido pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) ao clube e a ideia é criar o Museu da Comissão Construtora da Nova Capital. “O acervo dessa comissão está distribuído em três locais: o Museu Abílio Barreto, o Arquivo de Belo Horizonte e o Arquivo Público Mineiro. Tudo está encaixotado fora do acesso da população.” Azevedo disse que uma das metas é criar o museu que seria entregue em 12 de dezembro deste ano. O presidente da Casa também pretende levar dois painéis da pintora Yara Tupynambá, que estão na entrada da Câmara, para o Plenário Amynthas de Barros.
Homenageado
Geraldo Teixeira da Costa presidiu o Estado de Minas entre 1959 e 1965. Nasceu em 6 de janeiro de 1913, em Santa Luzia e morreu em 25 de julho de 1965. Formado em Direito, começou a carreira jornalística como repórter e redator do Estado de Minas, em 1934. Como diretor-geral promoveu campanhas em prol do desenvolvimento do estado.