Uma série de trincas que se alastra pelo Morro da Forca, em Ouro Preto, pode interditar completamente a Rua Padre Rolim, a principal entrada da cidade histórica, além do trecho já bloqueado por risco de desabamento, entre a antiga Santa Casa (Passo da Misericórdia) e a Rodoviária/Praça da Estação. O risco é iminente e a encosta pode ceder "a qualquer momento", segundo a avaliação geotécnica do município, causando soterramento de vias e estruturas.
Por outro lado, a prefeitura desobstruiu uma queda de barreira que interditava parcialmente a BR-356, que liga Nova Lima e BH à cidade histórica e a Mariana.
A avaliação é do geólogo da prefeitura municipal, Charles Murta, que em conjunto com os demais profissionais da defesa civil municipal acompanham a evolução dessa situação. Vários sobrevoos foram feitos para avaliar melhor a situação.
"Identificamos que não existe segurança geológica para manter o trânsito de pedestres e de veículos no local, pois ocorreu a ruptura de um grande bloco tabular de aproximadamente 10 m3, percebido por vistoria visual. Essa massa está apoiada sobre material que não tem resistência e pode ceder a qualquer nova chuva", alerta o geólogo.
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Caso seja necessário, Murta alerta que mais setores da Rua Padre Rolim poderão ser interditados preventivamente, para evitar que pessoas sejam expostas ao perigo de soterramento.
"As próximas chuvas podem ser um gatilho de falha, ou seja, o que falta para que o bloco desça. Sabemos do transtorno que é gerado com o fechamento das vias, mas é preciso garantir a segurança das pessoas. Enquanto não houver essa segurança a via não será liberada", atesta.
De acordo com o geólogo da Defesa Civil de Ouro Preto, o órgão de trânsito municipal, a OuroTran vai implementar os desvios e inversões de trânsito necessárias à medida que as dificuldades se fizerem necessárias.
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O Morro da Forca é um local histórico, porém não faz parte dos roteiros tradicionais de turismo de Ouro preto. No local as ruínas de uma escadaria, muro de pedras e praça levam ao local onde o governador da província executava escravos e criminosos pela força.
Estado de Minas