“Em relação à vacina bivalente, vacina nova da Pfizer, segunda geração,
já recebemos alguns lotes essa semana, e semana que vem a gente termina de receber essa demanda para vacinação do público, inicialmente, acima de 70 anos e população vulnerável de moradores de instituições de longa permanência, quilombolas, indígenas”, disse Fábio.
De acordo com o secretário, a ideia é conseguir vacinar esses grupos antes do período sazonal, que é a época de melhores condições para a transmissão do vírus da COVID-19, que começa em março.
Leia: Minas Gerais recebe 32.400 doses da vacina polivalente contra COVID-19 “A partir de semana que vem, o Estado de Minas Gerais distribui essa vacina, para que a gente comece, no dia 27, a vacinação da bivalente para o público vulnerável. Recebemos cerca de 350 mil (doses) hoje, mas acumulado é o suficiente para vacinar todo esse grupo. Eu não me recordo ao certo qual o número”.
O secretário de saúde afirmou, ainda, que a ideia é aumentar o público vacinado no decorrer do ano. Mas, segundo ele, ainda existe a dúvida se as pessoas portadoras de comorbidade serão vacinadas por idade ou não.
Leia: Belo Horizonte começa a vacinar bebês de 6 a 11 meses contra COVID-19 “No decorrer do ano, há uma expectativa que essa vacina bivalente, uma vacina anual, possa aumentar para acima de 60 anos, depois 50, 40. A grande discussão é se inclui o portador de comorbidade de qualquer idade ou se a gente vai descendo apenas por idade, pela facilidade de os municípios vacinarem por idade. Essa discussão ainda está acontecendo no Ministério da Saúde.”
Vacina bivalente
A bivalente funciona como se duas vacinas fossem aplicadas ao mesmo tempo, e é a principal aposta das autoridades de saúde para proteger os grupos expostos a maior risco. Esse lote, em especial, traz a proteção contra as novas variantes da COVID-19, responsáveis pelas ondas mais recentes.
Leia: UFMG busca voluntários para testes clínicos de vacina contra COVID “A vacina bivalente inclui RNA que codifica a proteína ‘spike’ da cepa original de SARS-CoV-2 e da Ômicron e variantes BA.4 e BA.5”, explica a coordenadora Estadual do Programa de Imunizações da SES-MG, Josianne Gusmão.
A distribuição das vacinas segue orientação do Ministério da Saúde através da Nota Técnica nº 1/2023. Serão contemplados, no primeiro momento, os grupos prioritários, em cinco fases:
- Fase 1: pessoas com 70 anos ou mais; pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILP) a partir de 12 anos, abrigados e os trabalhadores dessas instituições; imunocomprometidos; comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas;
- Fase 2: pessoas de 60 a 69 anos de idade;
- Fase 3: Gestantes e puérperas;
- Fase 4: Trabalhadores da saúde;
- Fase 5: Pessoas com deficiência permanente.
Para receber o novo imunizante, a pessoa deve ter tomado ao menos duas doses da vacina monovalente (a mais comum), ter mais de 12 anos e pertencer a algum desses grupos. A aplicação é de responsabilidade dos municípios.