Conforme explica o MP, os pais levaram a filha recém-nascida à UBS do bairro Limoeiro em 26 de agosto de 2019, pois a menina apresentava dificuldades para respirar. No primeiro atendimento, a técnica de enfermagem alegou que não havia nenhum médico na unidade de saúde e orientou os pais a levarem a filha ao Hospital Márcio Cunha. Porém, durante o trajeto, a criança sofreu uma parada cardíaca. “Apesar de ter sido prontamente atendida por médicos e enfermeiros do hospital”, pontua a promotoria, a recém-nascida “teve uma nova parada cardiorrespiratória e evoluiu a óbito”. Ainda segundo o Ministério Público mineiro, as investigações evidenciaram que “uma das médicas registrou o ponto de entrada para iniciar sua jornada de trabalho na UBS, mas, no momento dos fatos, não se encontrava no seu posto de trabalho”. A outra médica, que também não estava na unidade, apresentou dias depois um atestado médico fornecido pela colega denunciada. O objetivo, além de justificar a falta profissional, foi “esquivar-se de futura responsabilidade”, completa o MP. Logo, ambas foram denunciadas ainda pelo crime de falsidade de atestado médico.
“Segundo apurado, uma das médicas atestou que a outra necessitava afastar-se das atividades laborais, pelo período de um dia (26/08/2019), por motivo de doença, sem, contudo, indicar qual seria a enfermidade que a acometia.” Por fim, os promotores de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro e Walter Freitas de Morais Júnior, que assinam a denúncia remetida à Justiça, também requerem que seja fixada reparação de R$ 100 mil a título de dano moral. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Ipatinga para comentar o caso e aguarda retorno.
Estado de Minas