A tecnologia está sendo desenvolvida em parceria com o Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt), que redigiu as patentes de propriedade da universidade. A ideia surgiu a partir da identificação das limitações dos anéis vaginais que já existem no mercado, explica uma das pesquisadoras, Laura de Andrade Junqueira. “O maior problema é a baixa adesão da paciente ao tratamento devido às características dos dispositivos atuais, como dose fixa, formato que não privilegia o conforto e a anatomia”, avalia Laura, pontuando que a tecnologia 3D ajudará a conferir “maior facilidade de adaptação na genitália interna feminina ao permitir uma liberação mais homogênea de insumos farmacêuticos”.
Ainda segundo a pesquisadora, diferentes tipos de fármacos podem ser incorporados no anel para a obtenção de ação local ou efeito sistêmico. “A tecnologia de impressão 3D, utilizada na produção do dispositivo, possibilita a personalização de doses e tamanhos, o que pode contribuir para a eficácia e segurança da terapêutica”, finaliza. Além de Laura de Andrade Junqueira, o projeto conta com a participação do pesquisador Francisco José Raposo. Ambos integram o programa de pós-graduação na área da saúde da UFJF. Os professores da Faculdade de Farmácia, Nádia Rezende Barbosa Raposo e Marcos Antônio Fernandes Brandão, e o professor da Faculdade de Medicina, Geraldo Sérgio Farinazzo Vitral, também estão envolvidos no desenvolvimento do dispositivo.