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Dengue: mais de 3 mil casos já foram confirmados em 2023, em BH

Até esta sexta-feira (12/5), 3.



Os números representam um aumento de 13,83% dos casos confirmados em uma semana. Quando comparamos os dados com os do mesmo período do ano passado, o crescimento é de 752,13%. 
Para atender os pacientes com sintomas de dengue, chikungunya ou doenças respiratórias, neste sábado (13/5), seis centros de saúde da capital irão abrir para ampliar o atendimento, preferencialmente, de crianças e adultos. As unidades dos bairros Flávio Marques Lisboa, São Paulo, Aarão Reis, Betânia, Santa Terezinha e Rio Branco estarão abertas das 7h às 18h.
Além da abertura dos seis centros de saúde, as UPAs da capital mantêm o funcionamento normal no fim de semana, com atendimento 24 horas para o público em geral.

Chikungunya e Zika


Em 2023, 1.729 casos de Chikungunya foram confirmados em residentes de Belo Horizonte, sendo 674 casos autóctones, ou seja, pessoas contaminadas na capital; 151 casos importados e 904 casos de local com origem indefinida. Além disso, há 1.349 notificados pendentes de resultados.
Trinta e quatro casos de zika foram notificados em BH em 2023, sendo que 23 foram descartados, e 11 seguem pendentes de resultado.

O que são arboviroses?

Jordana Coelho dos Reis, professora do Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), explica que as arboviroses são um grupo de vírus diferentes, transmitidos por artrópodes ou mosquitos, como a aengue, malária, zika e chikungunya. 
A especialista explica que as arboviroses causam doenças associadas ao sangue. No caso da dengue, a infecção diminui a produção de plaquetas dos indivíduos, causando edemas no corpo.
“O que a gente acredita que está acontecendo é que, antes da pandemia da COVID-19, tivemos um melhor controle da proliferação dos vetores das arboviroses. Nunca foi o ideal, mas a gente tinha um controle marginal pelas campanhas que sempre aconteciam. Durante a pandemia, essas campanhas sumiram, e, por isso, não existe mais o estímulo para que a população faça o controle dos focos”, diz. 
Em relação ao possível motivo pelo aumento da procura de internações intensivas de crianças, a professora afirma que os pequenos possuem diferentes respostas imunes, o que pode explicar os casos graves. Mas, além disso, a população adulta já passou por alguns ciclos endêmicos da dengue, por exemplo, e por isso há a possibilidade de ter acontecido uma imunização desse grupo, criando espaço para que o vírus use a população pediátrica para crescer. 
“Não temos como saber antes se a criança possui, ou não, predisposição para casos mais graves das doenças. Por isso, a prevenção é importante. O controle do saneamento básico é importante para que as pessoas evitem novos focos de proliferação dos vetores das arboviroses”, explica. 

Como se proteger contra arboviroses:


Casos confirmados de dengue por regional de Belo Horizonte:


Estado de Minas

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