A rescisão entre o cantor e a Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur) foi publicada nesta sexta-feira (19/5), no Diário Oficial do Município (DOM), informando que não há prejuízos para a prefeitura. Em nota, o órgão disse que a empresa “Patrícia Sol Eventos” (produtora do evento), solicitou o cancelamento do patrocínio após a formalização do contrato e a entrega da documentação, justificando “motivos de força maior”.
Em maio de 2022, o sertanejo foi alvo de polêmica ao ser revelado o valor de cachês milionários que ele recebia de prefeituras de cidades pequenas, mas com ligações ao setor do agronegócio. Somente da administração da prefeitura de
Conceição do Mato Dentro, de 17 mil habitantes, a 167 quilômetros de BH, o cantor receberia R$ 1,2 milhão dos cofres públicos.
Na época, o cantor entrou na mira do Ministério Público (MP) por receber R$ 800 mil em um evento na cidade de São Luiz, de apenas 8 mil habitantes e com o segundo menor Produto Interno Bruto (PIB) do estado de Roraima - R$ 147,6 milhões (R$ 18.450 per capita).
O Show de Gusttavo Lima no município mineiro integrava a programação da 32ª Cavalgada do Jubileu do Senhor Bom Jesus do Matozinhos. O evento também é alvo do
Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) que apura cachês que somam R$ 2,34 milhões para sertanejos. Os valores seriam pagos com receita que só pode ser usada com saúde, educação e infraestrutura
O cantor chegou a se pronunciar nas suas redes sociais, afirmando que nunca se beneficiou com dinheiro público. Emocionado, ele classificou o episódio como “perseguição”. Todos os artistas já fizeram ou fazem shows de prefeitura. É sobre valorizar a nossa arte! A única coisa que a gente tem pra vender é a nossa música. A gente paga as nossas contas com isso. A gente coloca comida na nossa mesa através do nosso talento”,
declarou o cantor no final de maio de 2022.O
Estado de Minas procurou a assessoria do cantor sobre a recusa do cachê da PBH, mas até o momento não houve resposta.