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Escola cria galinhas-d'angola contra animais peçonhentos

Influenciada pelo pai, Fernanda Teodoro levou para sua escola algumas galinhas-d'angola.


 A médica veterinária Jéssica Alves explica que o pai de Fernanda tinha razão: uma das características mais interessantes da espécie é a sua importante participação no controle biológico, auxiliando o equilíbrio ambiental através do consumo de insetos, formigas, carrapatos, escorpiões, pequenos roedores e até cobras. Segundo a veterinária, as galinhas-d'angola são animais bastante rústicos, que apresentam uma facilidade de manejo e poucos cuidados obrigatórios. “Por serem animais onívoros, precisam de uma dieta rica em matéria animal como insetos, que elas mesmas coletam no ambiente vegetal, que podemos listar frutas, grãos e sementes. Água fresca e limpa à disposição sempre”. De acordo com Alves, as galinhas carregam muitos traços de seus hábitos selvagens. “Elas tendem a esconder e até voar caso se sintam ameaçadas, então é importante que elas sejam abordadas de forma tranquila e sem agressividade”, afirma a veterinária.  A instituição de ensino, além de galinhas, conta com passarinhos, calopsitas e, de vez em quando, coelhos. Os animais desempenham outras funções também. Érica Silva é mãe de Sofia, estudante do primeiro ano, e confirma o que a proprietária da escola mencionou.  “A gente mora em apartamento, ela não tem contato com a natureza, com animais, a gente nem tem pet. É bom que na escola ela tenha essa oportunidade. Eu percebo que ela tem o interesse até em tratar das galinhas. Me sinto feliz por ela”, avalia Érica. Para a psicóloga Walkíria Felipe, além de ser uma experiência divertida e encantadora, essa interação tem um impacto positivo na saúde mental e emocional dos pequenos.  “As galinhas, por exemplo, são animais fascinantes e quando as crianças têm a oportunidade de conviver com elas, podem aprender lições valiosas sobre a natureza e o ciclo da vida. Observar os pintinhos nascendo, vê-los crescer e até mesmo cuidar deles ajuda a desenvolver a empatia, a responsabilidade e o respeito pelos seres vivos desde cedo. Essas habilidades são fundamentais para a formação de indivíduos conscientes e sensíveis ao meio ambiente”, explica a psicóloga. Outro aspecto importante é o efeito terapêutico que a convivência com animais pode trazer. “A interação pode estimular a liberação de hormônios como a ocitocina, que promove a sensação de bem-estar e reduz o estresse. Essa experiência proporciona momentos de relaxamento, ajuda a diminuir a ansiedade e pode ser particularmente benéfica para crianças com dificuldades emocionais ou transtornos como o autismo,” explica Walkíria.

Estado de Minas

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