Com início às 17h, a tradicional celebração foi acompanhada por milhares de pessoas que, após uma hora e meia no jardim da igreja, seguiram em procissão pelos tapetes decorados da Avenida Afonso Pena até chegar ao Santuário de São José.
Maria Cândida, de 87 anos, é veterana da cerimônia eucarística e afirma que o retorno após a pandemia é uma benção. Ela, que estava acompanhada da filha Rosemary Santana, veio da Região de Venda Nova para participar de todo o ritual. “Vamos acompanhar a procissão todinha. Só vou embora quando der a benção final, na igreja de São José. Me sinto muito bem estando aqui”, diz.
O casal formado por Alonso Nolasco e Claudileile Chaves levantaram a filha Cecília Maria para acompanhar o costume que eles também carregam. Naturais de Itabirito, na Região Metropolitana de BH, eles contam que esta é a primeira vez que passam o feriado na capital.
“A última missa e procissão do Corpus Christi que nós acompanhamos foi em 2019. É uma oportunidade e felicidade muito grande estar aqui hoje. Especialmente porque não saímos durante a pandemia para exercer um costume de tantos anos”, afirma Claudileile.
O momento é duplamente aproveitado para Edson Magalhães. Ele, que vende artesanato na Feira Hippie, leva flores feitas de garrafa Pet para os fiéis comprarem durante a celebração. “Sou católico e aproveito para garantir meu sustento enquanto rezo. Estou desde a primeira missa, às 7h. Cada flor custa R$ 5”. Ele trabalha há 17 anos vendendo artesanato e participa de diversas festas da igreja, fazendo diferentes artes. Desta vez, a escolha foi uma flor para os fiéis “levarem para abençoar e colocarem em casa”, conclui.