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Policial militar mata motorista de ônibus e se entrega à polícia


Segundo o registro da ocorrência, o próprio militar acionou a polícia por telefone afirmando que "havia acabado de matar um homem" no bairro Bela Vista e estava na delegacia da Polícia Civil na cidade para se entregar. Em depoimento, o policial alegou que vinha sofrendo ameaças e perseguição por parte da vítima. Ele contou ainda que resolveu ir até o ponto de mototáxi, onde solicitou um veículo para seguir o ônibus. Em determinado momento, o PM pediu ao mototaxista para parar, quando iniciou os disparos.

O policial disse que, em seguida, entrou em um carro parado nas proximidades, já com as portas abertas e a chave na ignição, quando se deslocou à delegacia para confessar o assassinato.

A PM apurou que o automóvel utilizado pelo policial logo após o assassinato pertence a outro homem que trabalhava na região. O veículo foi encontrado nas proximidades da rodoviária de Brumadinho e entregue ao proprietário. Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, o policial disse que não falaria mais nada sobre a dinâmica dos fatos, usando, portanto, o direito constitucional de permanecer em silêncio. Posteriormente, uma mulher de 60 anos compareceu à delegacia, onde se identificou como sogra do policial preso, relatando que ele vinha sofrendo ameaças de morte do motorista, que seria ex-genro dela.
Segundo ela, há aproximadamente 15 dias, a casa de sua filha e do genro estava sendo "visitada" diariamente, principalmente à noite, por motoqueiros, que estariam intimidando a família. Na ocorrência também consta o relato de uma mulher de 56 anos, qualificada como testemunha, que, por telefone, reforçou as supostas ameaças em curso. Segundo ela, a vítima não aceitava o fim do relacionamento com a atual mulher do policial. O óbito do motorista do coletivo foi constatado no local pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Após o trabalho pericial preliminar da Polícia Civil, o corpo foi liberado e encaminhado ao Instituto Médico-Legal em Betim.

Nota da Polícia Militar ?

Em nota, a Polícia Militar pontuou que o caso se trata de um "crime comum" e não militar, pois a ocorrência foi registrada quando o policial estava de folga. Leia na íntegra:

"A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) informa que a ocorrência envolve policial da ativa, de folga e em trajes civis, o que caracteriza crime comum e não crime militar, estando as investigações a cargo da Polícia Civil. O policial, que portava arma particular, se entregou à PC. A PMMG esclarece, ainda, que acompanha o caso e que as medidas administrativas cabíveis serão adotadas pela instituição."

Estado de Minas

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