Esse processo, ainda de acordo com a O-I, reduz em até 75% o volume do vidro, além de evitar a contaminação que pode ocorrer no contato com outros resíduos quando a coleta não é seletiva. Para testar o modelo, no início do ano, a O-I desenvolveu um teste com duração de 90 dias e meta de arrecadar 30 toneladas de cacos. Em janeiro, cinco bares da região de Belo Horizonte participaram da experiência, e 98% da meta foram atingidos em apenas 50 dias, conforme dados divulgados pela empresa. O Vaca Loka Lounge Bar, situado na região nordeste de Belo Horizonte, foi um dos primeiros estabelecimentos a aderir ao projeto. “Economizei muito em material de limpeza. Eu usava seis fardos de sacos de lixo, ou seja, 600 sacos de 200 quilos por semana só para as garrafas. Eram quatro containers de 2,6 mil litros todos os dias. Hoje, uso oito bombas de 18 litros”, explica Vando Fontes, dono do local. O Why American Pub, localizado no Bairro Prado, é outro estabelecimento parceiro. “Eu gastava muito com sacos de lixo. Depois tinha o trabalho de armazenar, colocar nos sacos, separar, fechar e, com o tempo, ia gerando mau cheiro por conta dos resíduos de cerveja. Diminuiu nosso trabalho e a mão de obra”, pontua o proprietário, Fabio Junio Rodrigues. Vale dizer que a iniciativa de circularidade vai ao encontro das diretrizes do Decreto Federal 11.300, publicado em dezembro de 2022, que institui o sistema de logística reversa de embalagens de vidro e distribui a responsabilidade pelo destino correto do material aos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e consumidores.
Estado de Minas