Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo, ele trabalhava como agente penal na Penitenciária Feminina de Guariba, até ser afastado por problemas psicológicos. No último dia 26 de junho, Anderson pediu sua exoneração do quadro de funcionários do estado paulista.
Após se desligar, veio para Ribeirão das Neves, na Grande BH. Fontes ouvidas pela reportagem disseram que ele estava na cidade há menos de dois meses e que, anos atrás, trabalhou como agente de trânsito comissionado pela prefeitura municipal. Existe a possibilidade de o emprego ter sido conseguido por seu irmão, que, segundo testemunhas, trabalha no gabinete do prefeito. Anderson também chegou a atuar como agente penitenciário em Minas por um curto período, em 2015.
Segundo a defesa da família da vítima, Anderson chegou a usar tornozeleira eletrônica, em 2021, mas não permaneceu com o equipamento porque o prazo de seis meses para que um suspeito de crime que não tenha sido julgado use o dispositivo havia terminado.
Essa tornozeleira eletrônica foi motivada por uma agressão à ex-mulher. Sete dos 27 processos que estão em seu nome, e em aberto, são por agressão, tentativas de agressão e ameaça à ex-mulher. A ex-mulher está desaparecida. Seu último endereço residencial era em Contagem, no entanto, a polícia já esteve no local e não a encontrou.
Segundo informações de amigos da ex-mulher, ela estaria com medo de Anderson, que poderia querer matá-la também.
A reportagem não localizou a defesa de Anderson. Esse espaço está aberto caso queiram se pronunciar.
O caso
De acordo com o boletim de ocorrência, o caso ocorreu no Bairro São Pedro, em Ribeirão das Neves, e o jovem estava dentro de um Volkswagen Fox, junto de sua tia e seu primo, que dirigia. Na altura da Rua José Cassimiro Nogueira, o condutor do veículo afirmou que teria atropelado um cachorro que entrou repentinamente pela rua.
Quando os três voltaram para casa, um motociclista chegou e se aproximou da residência, perguntando quem teria atropelado o animal. Antes mesmo de receber uma resposta, o suspeito disparou. À polícia, a tia da vítima relatou que estava tomando banho quando ouviu os disparos e os gritos de socorro do sobrinho.
O jovem foi levado para o Hospital São Judas Tadeu, mas morreu durante a cirurgia. A perícia da Polícia Civil foi acionada e recolheu 10 cápsulas no local do crime. A janela da sala e a fachada da casa ficaram danificadas. Depois de atirar, o suspeito fugiu em direção ao Centro de Ribeirão das Neves e, até o momento, ninguém foi preso. A Polícia Militar localizou câmeras de segurança na região que flagraram a ação do suspeito.
Em nota, a Polícia Civil informou que encontrou a moto utilizada pelo suspeito no momento do crime e que segue investigando o caso.
Estado de Minas