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Advogado pede avaliação psiquiátrica de jovem que enterrou mulher em jardim

Em nota divulgada à imprensa, o advogado de Leonardo Silva, de 18 anos - que confessou matar e enterrar Nilza Costa, de 62 anos, no fim do mês passado - declarou que solicitou às autoridades competentes verificações no que diz respeito à imputabilidade.



Em nota divulgada à imprensa, o advogado de Leonardo Silva, de 18 anos - que confessou matar e enterrar Nilza Costa, de 62 anos, no fim do mês passado - declarou que solicitou às autoridades competentes verificações no que diz respeito à imputabilidade. Resumindo: se o jovem tem possibilidade de ser responsabilizado criminalmente por seus atos. 
O advogado Luiz Gustavo Vicente Penna disse que pediu para o juiz da 2ª Vara Criminal da Comarca de Barretos (SP) autorização para prévia avaliação psiquiatra e psicológica, de forma telepresencial.
Ele acrescentou que somente na posse do laudo será possível informar se o suspeito sofre ou não de alguma doença mental. 
Leonardo Silva é natural de Planura, no Triângulo Mineiro, e o crime aconteceu na casa da vítima, localizada em Barretos, cidade paulista a cerca de 50 km. Ele está detido na Cadeia Pública de Colina (SP).

Incidente de insanidade mental

“Após a verificação da equipe que fará uma análise prévia, para verificar se ele realmente tem algum problema ou não, vamos entrar com o incidente de insanidade mental, previsto no Código de Processo Penal”, declarou o advogado do suspeito.
Penna explicou que o incidente de insanidade mental é para verificar se, na época do crime, o jovem era ou não inimputável. “Para responder ao ato criminoso, o acusado tem que ter conhecimento do que estava sendo feito. Contudo, o escritório, antes de alegar a insanidade, irá elaborar um trabalho técnico preliminar. Na posse do laudo, dependendo do que constar, o caminho jurídico será decidido", finalizou. 

“Matei por diversão”

O jovem chegou a afirmar para imprensa local ter matado a vítima por diversão.O suspeito foi preso na manhã do dia 3 de agosto, em Frutal, cidade do Triângulo Mineiro, a cerca de 80 km de Barretos (SP).
A Polícia Civil (PC) de Barretos instaurou inquérito para apurar o crime de latrocínio, já que o celular, carteira e alguns objetos pessoais da vítima não foram encontrados. 
"Matei gente", disse Leonardo Silva, inicialmente, para imprensa local. Em seguida, ele afirmou também ter agido por vingança. "Um pouco [por vingança] e diversão também", declarou Silva, que acrescentou não estar arrependido. "Nem um pouquinho. Eu vou matar e arrepender pra quê? Que bandido é esse que mata e se arrepende depois? Usei o dinheiro. Fiz compras. Valeu a pena”.
Além disso, o jovem relatou que estava com raiva da vítima. "Muitas coisas vocês vão descobrir ainda, ao longo da minha vida. Minha vida é uma série", disse Silva.

"Extrema frieza. Agiu por vingança"

O delegado responsável pelo caso, Rafael Farias Domingos, informou à imprensa que, durante o depoimento, o suspeito demonstrou extrema frieza, nenhum tipo de arrependimento e que agiu por vingança.
"Ele parece não ligar para as consequências do que ele fez. Não apresenta remorso. Planejou com tempo esse crime e não apresenta nenhum tipo de arrependimento", afirmou Domingos.
O delegado também contou que Leonardo agiu por vingança. "Há cerca de quatro meses, o rapaz foi morar nos fundos da casa de Nilza, que tinha se proposto a ajudá-lo depois que ele se apresentou a ela como travesti. Ela o contratou para fazer serviços domésticos e Silva pediu demissão do emprego anterior", acrescentou. Ele alega que o crime foi uma vingança, porque ele teria abandonado um emprego anterior para trabalhar na casa da vítima, como serviços domésticos. Mas o combinado acabou sendo desfeito, porque a vítima teria dito que ele não tinha compromisso e o dispensou. Ele ficou sem o emprego anterior, sem lugar pra morar e ficou com muita raiva e começou a planejar a morte dela", contou Domingos.
 
Morta por asfixia
 
Após, supostamente, ter sido mandado embora da casa da vítima, o delegado disse ter apurado que, na madrugada do dia 24 de julho, o suspeito pulou o muro da casa e ficou escondido em um quarto nos fundos. "Quando amanheceu, ele a surpreendeu e a matou por asfixia com um fio", afirmou Domingos.
Antes de enterrar o corpo no quintal, o jovem contou ao delegado que permaneceu na casa por alguns dias. "Ele teve tempo de obter dados bancários da vítima para fazer compras. Uma moto chegou a ser comprada para ser entregue em um apartamento que ele tinha alugado em Barretos com o dinheiro de Nilza. Ele ainda comprou uma pá em uma loja de construções para cavar o jardim, além de cimento e cal".
O corpo foi localizado em 2/8 (quarta-feira), enterrado no jardim da residência dela, localizada no Bairro Los Angeles, após denúncia de vizinhos, que não tinham notícias da vítima há cerca de uma semana.
 

Estado de Minas

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