A adolescente foi encontrada morta na residência de um homem, de 43 anos, no bairro Campos Elísio. Na época, a mulher alegou ser amiga da adolescente, e que as duas conheceram o homem pela internet. Elas teriam ido até a casa dele para conversar e tomar cerveja. No encontro, o homem se apresentou como policial civil e mostrou uma arma para as mulheres. Antes de entregar, ele retirou o carregador, sem perceber que ainda havia uma bala dentro do revólver.
“Sem saber manusear a arma de fogo, a mulher mata a colega que era explorada por ela”, detalhou o delegado responsável pelas investigações, Roberto Veran, da Polícia Civil de Betim, em coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (5/9). O homem fugiu depois do tiro e acionou o Samu.
Durante as investigações, a polícia descobriu que a jovem era, na verdade, explorada sexualmente pela suposta amiga. “O pano de fundo para que a adolescente estivesse lá foi realizar o programa sexual. Ela se prostituía para se manter, para se alimentar, e a cafetina se aproveitava disso”, declara o delegado. A adolescente era de Igarapé e havia fugido de casa. A família não sabia da situação.
Além dela, a polícia descobriu um esquema de aliciamento de menores para a prostituição e outros três casos estão em investigação. Os encontros eram marcados pela cafetina por meio de um aplicativo de relacionamento. “A arte dela é oferecer menores. Ela tinha uma espécie de catálogo sexual”, conta o delegado.
Depois do crime, a mulher foi presa em flagrante, mas já está em liberdade. Ela foi indiciada pela Polícia Civil por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e pelo crime de exploração sexual de criança ou adolescente, cuja pena pode chegar até 10 anos de prisão. O homem também foi indiciado por exploração sexual de menores.
Estado de Minas