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Em Minas, homens caem mais em fraudes digitais do que mulheres

Um estudo realizado pela plataforma de vendas online OLX em parceria com a AllowMe, empresa que oferece monitoramento para segurança no ambiente digital, revelou que, em Minas, 79% das pessoas que caem em golpes digitais são homens.



De acordo com Beatriz, os recortes de gênero e idade “seguem o recorte da pirâmide dos usuários de e-commerce”. Como a maioria das pessoas que compram online são, em sua maioria, homens de até 31 anos, esse também é o perfil de quem mais cai em golpes digitais.
Ao todo, as empresas identificaram 3.289 golpes aplicados em compras e vendas pela internet. Os principais são coletas de dados, representando 34%, e invasão de contas, com 24%. Dos estados brasileiros, Minas é o terceiro que mais cai em golpes. O primeiro lugar é do estado de São Paulo, seguido do Rio de Janeiro. Os mineiros são responsáveis por 9% dos golpes aplicados no Brasil, acumulando um prejuízo estimado em R$ 11,8 milhões.
A vice-presidente explica que “todos os golpes são complementares” e têm características em comum, mas é possível explicar como funciona cada um deles.


Como são os principais golpes:

Coleta ou roubo de dados

O golpe mais conhecido como roubo de dados é o mais recorrente no ambiente digital. Por meio de aplicativo de mensagens ou por ligação telefônica, o golpista opera uma “engenharia social”, como intitulou Beatriz Soares. O estelionatário conta uma história para a vítima com o objetivo de extrair o máximo de dados possível, como número de telefone, CPF, endereço e até mesmo número da conta bancária e senhas.
Com os dados em mãos, o golpista tem possibilidades diferentes. “Vai desde coisas simples, como fazer anúncios no seu nome, até invasão de contas bancárias”, diz a vice-presidente. A coleta de informações também traz a possibilidade de realizar compras em sites, como a OLX, de compra e venda, em que o cartão do usuário esteja cadastrado. A possibilidade de golpes “vão até onde a pessoa passa as informações”, diz Beatriz.


Invasão de conta

Além de invadir contas a partir de dados coletados, os criminosos também conseguem acessar contas de terceiros a partir de tentativa e erro. Quando um internauta usa uma senha fraca ou repete a senha em mais de um site ou plataforma online, fica mais fácil para os golpistas.
Quando invadem a conta, os estelionatários anunciam produtos que não existem nas redes sociais da vítima. Quando alguém compra o item anunciado, a transferência vai para a conta de quem está aplicando o golpe. Em consequência disso, a invasão de contas acaba fazendo duas vítimas: quem foi hackeado e quem pagou pelo produto anunciado.

Compra e venda falsas

Por meio desse golpe, o estelionatário entra em contato com quem está vendendo algum produto, simula um comprovante de transferência bancária e acaba recebendo o item sem ter pago por ele. Conforme Beatriz, essa é uma versão digital do golpe do envelope vazio ou do cheque sem fundo.
Outra possibilidade é anunciar um produto e dizer para o comprador que só entregará um produto, que na verdade não existe, mediante adiantamento de parte do pagamento. Depois de efetuada a transferência, o golpista para de responder e fica com o dinheiro da vítima.

Dicas para evitar os golpes

* Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata

Estado de Minas

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