Os três foram considerados culpados pelo tribunal do júri. Eles teriam contratado os pistoleiros que assassinaram os auditores fiscais do Ministério do Trabalho Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage e Eratóstenes de Almeida Gonçalves e o motorista Aílton Pereira de Oliveira.
Segundo o advogado Marcelo Leonardo, Mânica se apresentou em uma delegacia da Polícia Federal na capital federal nesta manhã, para dar cumprimento ao mandado de prisão em aberto. “Se apresentou espontaneamente hoje pela manhã para cumprir a ordem de prisão”, disse.
“Vamos recorrer contra essa decisão que consideramos ilegal e injusta. Ele ficará em uma unidade prisional de Brasília”, completou o advogado.
O proprietário rural Norberto Mânica, acusado de ser o mandante do crime, foi condenado a pena de 56 anos e três meses de reclusão. Para os réus José Alberto de Castro e Hugo Alves Pimenta, denunciados por contratarem os matadores, os ministros estabeleceram a pena em 41 anos e três meses e em 27 anos de reclusão. Castro já havia sido preso nessa quinta-feira (14/9).
Relembre o caso
Em 28 de janeiro de 2004, Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva foram assassinados a tiros em uma emboscada quando investigavam condições análogas à escravidão na zona rural de Unaí, incluindo as propriedades da família Mânica. O motorista Ailton Pereira de Oliveira, que acompanhava o grupo, também foi morto.
Os pistoleiros Erinaldo de Vasconcelos Silva, Rogério Alan Rocha Rios e Willian Gomes de Miranda foram condenados a 76, 94 e 56 anos de prisão, respectivamente, e cumprem pena na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Estado de Minas