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Diretor fecha escola, some e deixa alunos e professores desamparados

Os portões do Colégio Sant'Ana, no Barreiro, em Belo Horizonte, se fecharam pela última vez na sexta-feira (15/09) deixando alunos sem terminar os cursos, professores e funcionários sem salários.



De acordo com a Polícia Militar (PMMG), os pais e trabalhadores chegaram à instituição na sexta-feira e a encontraram fechada. São cerca de 10 professores e 300 famílias com alunos no local.
A polícia foi então acionada, por volta das 18h, mas só encontrou na instituição uma secretária, de 41 anos, e a filha do diretor - ele tem 54 anos, também é o proprietário da escola e está desaparecido há um mês.
Segundo descrito na ocorrência, os pais e funcionários estavam surpresos com o encerramento das atividades do colégio. Muitos deles apresentaram os boletos de mensalidades e outros até a quitação anual do contrato com a escola.
Uma das principais dúvidas dos pais era quanto às declarações de escolaridade e históricos para que os alunos possam encontrar outras escolas para terminar o ano letivo.
A secretária informou que poderia fornecer as declarações, mas que o histórico dependerá da assinatura do diretor e por isso ainda não poderia ser liberado.
A filha do diretor informou aos policiais que trabalhava como monitora do berçário e que não tem qualquer relação com as atividades administrativas e financeiras da escola. Ela mesma diz não ter tido contato com o pai há mais de um mês e que desconhece o paradeiro dele.

PAGAMENTOS EM ATRASO 


Os funcionários encontrados também informaram que todos os salários estão atrasados, que vinham sendo quitados pela metade, mas que no mês de setembro nada foi pago e que depois o diretor sumiu.
Conforme a presidente do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-MG), Valéria Morato, a escola já não vinha cumprindo seus deveres com os funcionários há algum tempo. "Por se tratar de um colégio pequeno, os professores se solidarizaram com as dificuldades do dono, que é o diretor, e foram deixando essa situação de dívidas se prolongar, até que ele desapareceu", afirmou.
A presidente do Sinpro afirma que os professores serão atendidos pelo sindicato com orientações jurídicas a partir da próxima semana. Já aos pais de alunos, ela recomenda providências. "Aconselho a procurar o Procon-MG e a Superintendência Regional de Ensino, que é quem autoriza o funcionamento da escola. Senti que a maior angústia deles é pelas dificuldades de transferência dos filhos, mas a superintendência pode auxiliar nisso também", disse.
A PMMG registrou a ocorrência como caso de estelionato na 2ª Delegacia de Polícia Civil do Barreiro, onde as investigações seguirão.

Estado de Minas

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