Com faixas e bandeiras, o grupo reivindica a indenização integral e mais celeridade no processo de reparação aos danos causados aos moradores de toda a extensão da Bacia do Paraopeba e da represa de Três Marias.
“Nossa presença é para demonstrar que nós não fomos ouvidos. Nós enquanto atingidos é que somos os protagonistas do processo, e precisamos ser atendidos e isso não está sendo feito”, afirma Walter Matias Machado, de 65 anos, morador de Juatuba.
Os manifestantes também lembram os 272 mortos na tragédia e cobra justiça. “Nosso papel aqui hoje é cobrar que o processo criminal ande. Não existe reparação se o processo criminal não andar. Estamos falando de um dos maiores crimes do Brasil. Passados quase cinco anos, os principais envolvidos estão livres”, afirma Silas Fialho, morador e liderança dos atingidos em Brumadinho.
Caso Brumadinho
No início de setembro, a Justiça suspendeu a definição sobre indenizações individuais pelo rompimento da barragem de Brumadinho. Com isso, o processo voltou à situação que estava em agosto de 2022, quando foi feito o pedido de liquidação coletiva.Grupos de pessoas atingidas defendem a definição de uma solução coletiva para as indenizações individuais. Nesta manhã, comissões de atingidos e o juiz responsável pelo caso se reúnem para debater a possibilidade de complementação da sentença quanto aos danos individuais.Estado de Minas