Esculturas, pinturas, bordados e estandartes que ilustram a riqueza da cultura mineira por meio das mãos dos artesãos terão um ambiente exclusivo na exposição "São José – O Artesão", que ocorrerá de 20 a 31 de março, no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte. A mostra promovida pelo Sebrae Minas, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), Secretaria de Cultura e Turismo, Fundação Clóvis Salgado e Centro de Artesanato Mineiro, faz parte das ações que celebram a 7ª Semana do Artesão Mineiro como forma de valorizar, fortalecer e desenvolver a atividade artesanal em Minas Gerais.
A exposição é uma reedição da mostra já realizada em 2005, no Palácio das Artes. Além de fazer parte da 7ª Semana do Artesão Mineiro, a iniciativa fará parte da programação do projeto turístico "Minas Santa 2024", uma ação do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, que visa promover e celebrar as diversas tradições religiosas de Minas Gerais no período da Semana Santa. A exposição ficará no local até o Domingo de Páscoa.
Mais de 100 artesãos de diversos municípios mineiros participarão da exposição. Nos últimos meses, a Sede, o Sebrae Minas e o Centro de Artesanato Mineiro, parceiro executor da ação, iniciaram a mobilização dos diversos expositores, que irão mostrar as suas obras em suas distintas matérias-primas, como a madeira, a tinta, a cerâmica, o papel e o tecido.
"Mais do que uma atividade que gera trabalho e renda para gerações inteiras de famílias em todo o estado, o artesanato expressa toda a cultura, tradição, história de nosso povo mineiro. Temos uma grande variedade de obras produzidas com qualidade pelos nossos artesãos e que são adquiridos pelo público em todas as exposições. Essas iniciativas conjuntas entre o Sebrae Minas e o Governo do Estado fortalecem o trabalho desses empreendedores, que veem uma oportunidade a mais de ampliar as conexões, sua participação no mercado e o faturamento", ressalta o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.
"Para o Governo de Minas, o artesanato é um setor de produção que não fica para trás de nenhum outro. Por isso, nossas ações são no sentido de melhorar o ambiente de negócios, capacitar os artesãos e promover o acesso a mercados, não só nacionalmente, mas também internacionalmente. Promover o empreendedorismo por meio da arte é manter a tradição da nossa cultura, gerando emprego e renda para os mineiros", explica o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio.
Programação da 7ª Semana do Artesão Mineiro
A 7ª Semana do Artesão Mineiro tem entrada gratuita e acontece de 19 a 22 de março com atividades, oficinas e capacitações em todo o estado. Além da exposição "São José – O Artesão", Belo Horizonte vai receber a oficina "Design para artesanato: como estimular meu processo criativo", com a consultora Geisa Buzelin, que vai ocorrer no dia 20 (quarta-feira) no Centro de Arte Popular (Rua Gonçalves Dias, 1608 – Lourdes), das 14h às 18h.
No dia 21, quinta-feira, será a vez da palestrante Andréia Costa falar sobre "Venda afetiva: como alinhar história e argumento de venda no produto artesanal". A capacitação vai ocorrer no mesmo local, a partir das 16h, com vagas limitadas.
Em Sacramento, também na quinta-feira, a cidade de Sacramento vai receber a oficina – "Pintura de Agulhas/Pontos básicos para iniciantes em bordados", com as artesãs Maria de Lourdes Rosa e Alice Espeschit. O encontro será de 8h às 17h, no Centro Administrativo da cidade (Rua Coronel Teodoro Rodrigues da Cunha, nº 512).
Por sua vez, em Resende Costa, no Campos das Vertentes, será entregue a Carteira Nacional do Artesão, no dia 22, sexta-feira, às 19h, no evento no Espaço Multiuso Lilia Lara, localizado dentro da Escola Municipal Conjurados (Rua Moreira da Rocha, nº 440 – Centro). Em seguida, haverá a palestra "A Origem como fator de diferenciação no artesanato".
A 7ª Semana do Artesão Mineiro é realização do Sebrae Minas e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e tem apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, Federação das Associações de Artesanato de Minas Gerais (FAM), Cemig, Ceart, Circuito Liberdade, Associação dos Artesãos de Resende Costa, Fundação Clóvis Salgado, Sicoob Credivertentes e prefeituras de Resende Costa e Sacramento.
Participantes
A artesã Simone Oliveira, de 51 anos, será uma das participantes da exposição ao produzir uma escultura de São José utilizando sucatas recicláveis. Ela trabalha há duas décadas e meia em sua empresa de artesanato, que atualmente conta com 10 colaboradores.
"Tudo o que produzimos não gera resíduos na natureza, o que faz com que nossas obras sejam ecologicamente sustentáveis. Assumimos o desafio de entrar nesse mundo das esculturas, depois de muitos anos produzindo luminárias e peças utilitárias. A oportunidade é maravilhosa, o que faz com que a obra de arte se torne mágica", afirma a artesã.
Um dos vencedores do Prêmio Top 100 de Artesanato em 2023, José Adolfo Viana, de 61, estará presente na mostra na Praça da Liberdade. Com muitos de experiência, o artesão se especializou na produção de esculturas de argila em arte sacra, resgatando elementos da cultura do Rio São Francisco – ele é natural de Januária, mas mora em Belo Horizonte.
"Essa exposição é de grande importância para mim. Sou muito devoto de São José e São Francisco. Meu pai era marceneiro e artesão e eu carreguei essas raízes. Sempre estou trabalhando em feiras e participando de exposições e pretendo mostrar minha arte às pessoas, mas essa mostra é especial", ressalta.
Estatísticas
Atualmente, o Brasil conta com cerca de 567 mil artesãos inscritos no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da Receita Federal. O estado de Minas Gerais ocupa a terceira posição no ranking com maior número, com mais de 67 mil empreendedores do segmento, representando 12% do total. São Paulo (160 mil) e Rio de Janeiro (71 mil) lideram a lista por estados.
Mais de 10 mil artesãos mineiros estão cadastrados na Carteira Nacional do Artesão. A maior parte tem entre 30 e 59 anos (57,2%), seguida pela faixa de 60 a 89 anos (38,4%). Apenas 4% têm entre 16 e 29 anos. Os cadastrados são predominantemente mulheres, com 79,6% das artesãs identificadas, enquanto apenas 19% são homens.
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