Na última quarta-feira (16), a Saneouro deu um passo decisivo para a melhoria do saneamento de Ouro Preto com o lançamento da pedra fundamental da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Osso de Boi. Esta nova unidade terá a capacidade de tratar 100% do esgoto coletado na sede da cidade, retornando o município ao patamar de saneamento básico de qualidade.
"Para nós, o lançamento da pedra fundamental é um marco histórico. A ETE Osso de Boi vai mudar a realidade de milhares de famílias ouro-pretanas, e temos muito orgulho de afirmar que esta cidade, patrimônio da humanidade, finalmente terá tratamento de esgoto." Destacou o superintendente da Saneouro, Evaristo Bellini.
O evento contou com a presença de autoridades locais, incluindo o prefeito Ângelo Oswaldo, o presidente da Câmara Municipal José do Binga e representantes da Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento Básico de Minas Gerais (Arisb-MG). Juntos, eles celebraram a iniciativa que promete transformar a infraestrutura de saneamento da cidade.
Investimento
As obras da ETE Osso de Boi devem durar aproximadamente 18 meses, com um investimento total previsto de R$ 40 milhões, que inclui a construção de redes e estações elevatórias. Após a conclusão da segunda fase, a estação terá a capacidade de tratar 125 litros de esgoto por segundo.
A tecnologia utilizada será a norueguesa de tratamento aeróbico de esgoto CFIC, que se destaca pela instalação de filmes de suporte para o crescimento de material biológico. O processo começa com a retirada de materiais grosseiros e finos, seguido por um tratamento biológico eficiente que remove cerca de 80% do material orgânico e oxida parcialmente o nitrogênio. A água tratada será devolvida ao Ribeirão Funil, contribuindo para a preservação dos recursos hídricos da região.
Saneamento atual
Atualmente, a Saneouro opera uma Estação de Tratamento de Esgoto no distrito de São Bartolomeu, que atende apenas 0,67% do esgoto coletado no município. Bellini afirma que a Saneouro já está trabalhando em projetos para tratar esgoto em outros 11 distritos da cidade, com destaque para Cachoeira do Campo, onde os planos estão avançados.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cada R$ 1,00 investido em saneamento básico pode economizar R$ 9,00 em saúde pública, uma vez que um sistema de saneamento adequado reduz significativamente a incidência de doenças transmitidas pela água.