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BRASIL

Rússia afirma que vai cooperar com EUA para investigar ciberataque contra JBS


A Rússia afirmou, nesta quarta-feira (2), que está disposta a analisar qualquer pedido de Washington para ajudar na investigação do ataque cibernético contra a filial americana da gigante brasileira do setor de carnes JBS. 

"Há contatos por meio dos canais diplomáticos", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

"Se houver algum pedido dos americanos, será considerado rapidamente", acrescentou.

Peskov ressaltou que espera que a questão do crime cibernético esteja na mesa de discussões na cúpula marcada para 16 de junho em Genebra entre os presidentes russo, Vladimir Putin, e americano, Joe Biden. 

"Está bastante claro que o cibercrime e os desafios na ciberesfera estarão na agenda de uma forma ou de outra", acrescentou. 

A JBS informou ao governo dos Estados Unidos que foi extorquida por meio de um ataque cibernético que acredita ter se originado na Rússia e que a obrigou a suspender parte de suas operações de produção na América do Norte e na Austrália.

Por sua vez, a Casa Branca informou que ofereceu assistência à JBS e que está "em contato direto com o governo russo sobre esta questão e envia a mensagem de que os Estados responsáveis não abrigam criminosos de 'ransomware'", segundo um porta-voz.

'Ransomware' é um esquema que aproveita as falhas de segurança em um sistema de computador para bloqueá-lo e exigir um resgate para reiniciá-lo.

A JBS, multinacional brasileira especializada em produtos à base de carne bovina, suína e frango, é uma das maiores empresas agroalimentares do mundo, com operações em Estados Unidos, Austrália, Canadá, Europa, México, Nova Zelândia e Reino Unido. 

O ataque à JBS aconteceu menos de um mês após outro grande ataque cibernético com pedido de resgate encerrar temporariamente a rede da operadora de oleodutos Colonial Pipeline, que fornece cerca de 45% do combustível consumido na costa leste dos Estados Unidos.

A paralisação da Colonial Pipeline por vários dias gerou pânico nas compras em alguns estados dos EUA, que terminou quando a empresa pagou aos hackers 4,4 milhões de dólares para desbloquear seus sistemas, reconheceu a empresa. 

As autoridades dos Estados Unidos acusaram o DarkSide, um grupo de cibercriminosos supostamente baseado na Rússia, o que Moscou nega. 

Os incidentes da JBS e da Pipeline Colonial seguem-se ao ataque cibernético à empresa de software SolarWinds em 2020, atribuído a um grupo apoiado pelo Estado russo. 

Na semana passada, a Microsoft alertou que o grupo por trás do ataque cibernético à SolarWinds ressurgiu com uma série de ataques a agências governamentais, centros de pesquisas, consultorias e outras organizações. 

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