Os principais itens arrecadados são: água, materiais de limpeza e higiene, alimentos e cobertores. Veja como ajudar. Rastro da devastação causada pela chuva no Morro da Oficina, no Alto da Serra, em Petrópolis
Marcos Serra Lima/g1
O Trade Hotel e a Paróquia São José em Juiz de Fora estão arrecadando doações para as famílias atingidas pela forte chuva que atingiu a cidade de Petrópolis (RJ) na tarde da terça-feira (15).
Trade Hotel
O Trade Hotel aceita doações de água potável, cobertores, alimentos não perecíveis, higiene pessoal e material de limpeza. Os donativos também irão comtemplar a cidade de Miraí.
As doações já estão sendo recebidas e terminam no sábado às 19h. Para fazer a doação basta levar até o hotel que fica na Avenida Presidente Itamar Franco, 3.800, Bairro Cascatinha.
A gerente comercial do hotel, Juliana Assis, acredita que com a união da população as ajudas poderão beneficiar muitas famílias.
"É muito importante a participação de todos para que a campanha seja bem sucedida. Iremos fazer as entregas no próximo domingo. Iremos fazer a distribuição de acordo com a necessidade de cada ponto".
Paróquia São José
A Paróquia São José, no Bairro Costa Carvalho, em Juiz de Fora, também está recolhendo doações para serem encaminhadas a Petrópolis (RJ). A cidade ainda sofre as consequências da tempestade da última terça-feira (15), que já vitimou mais de 100 pessoas e deixou um rastro de destruição, após deslizamentos de terra e alagamentos.
Estão sendo arrecadados água, materiais de limpeza e higiene, alimentos, leite e outros produtos de primeira necessidade. As doações podem ser deixadas na secretaria paroquial, que funciona de segunda a sexta-feira, das 13h às 18h, ou nos horários de missas.
Empresas e instituições de Juiz de Fora arrecadam doações para vítimas das enchentes
Tragédia em Petrópolis
Fortes chuvas atingiram Petrópolis, Região Serrana do Rio, na tarde da terça-feira. O número de mortos já passa de 100. Dos 101 corpos que estão no Instituto Médico Legal (IML), 65 são de mulheres e 36 de homens. Desses, 13 são menores. Ao todo, 33 corpos foram identificados. Veja quem são algumas das vítimas já reconhecidas.
Entre os mortos está Maria Eduarda Carminate de Carvalho, de 17 anos, que morava no Morro da Oficina, um dos locais mais devastados pela chuva. Na quarta-feira, o g1 mostrou a mãe da vítima, Gizelia Carminate Oliveira, de 36 anos, em meio aos destroços em busca do corpo da filha.
Mulher faz buscas por bebê com enxada em meio a escombros em Petrópolis
Reprodução/ TV Globo
"Eu moro em Juiz de Fora e ela mora aqui. Tá ela, a tia e a filha da minha afilhada aí debaixo. Eu já estou perdendo as esperanças. É uma bebê de 1 ano sem respirar debaixo dessa lama. Você consegue?"
Mais tarde, a mãe recebeu a notícia que o corpo de Maria Eduarda foi reconhecido. Pelas redes sociais, ela fez uma postagem em que declarou o luto pela morte da filha.
Mãe que perdeu filha em tragédia de Petropólis faz postagem nas redes sociais
Reprodução/Redes Sociais
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Rastro da devastação causada pela chuva no Morro da Oficina, no Alto da Serra, em Petrópolis
Marcos Serra Lima/g1
Cerca de 500 bombeiros trabalham nas buscas aos desaparecidos.
Segundo a Secretaria Estadual de Defesa Civil, 24 pessoas foram resgatadas com vida e 705 pessoas foram encaminhadas para os 33 pontos de apoio montados na cidade em escolas da rede público municipal.
Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta, permanece muito alta a possibilidade de ocorrência de eventos de movimentos de massa na Região Serrana do Rio, especialmente em Petrópolis.
Ainda de acordo com o Cemaden, estes fatores indicam um elevado nível de umidade do solo que pode favorecer a ocorrência de deslizamentos de terra mesmo na ausência de chuva.
Na manhã da quinta-feira, foram publicadas duas medidas no Diário Oficial do Rio de Janeiro para ajudar o município. O pagamento do IPVA e do ICMS foram prorrogados para o segundo semestre e a Alerj vai repassar R$ 30 milhões para a prefeitura de Petrópolis.
O governador Cláudio Castro (PL) está na cidade da Região Serrana, onde concedeu uma coletiva ao lado do prefeito Rubens Bomtempo e do secretário de Estado de Defesa Civil, Leandro Monteiro.
"Foi a pior chuva desde 1932. Realmente, foram 240 milímetros em coisa de duas horas. Foi uma chuva altamente extraordinária", atualizou o governador.
Segundo Castro, o temporal em Petrópolis uniu 'tragédia histórica' e 'déficit que realmente existe'.
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