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BRASIL

Petrobras avança 5% e leva Bolsa a fechar acima dos 108 mil pontos


O Ibovespa subiu 1,81% nesta segunda-feira (8), chegando assim aos 108.402 pontos. É a maior pontuação para um fechamento do índice de referência da Bolsa de Valores desde 7 de junho. Parte importante da alta da Bolsa é reflexo da disparada de 5,05% das ações preferenciais da Petrobras, cujos papéis foram os mais negociados nesta sessão.

Além da manutenção do impacto positiva no mercado do recente pagamento de quase R$ 88 bilhões em dividendos, a assinatura de um contrato com uma companhia estatal boliviana para garantir o abastecimento de gás ao mercado interno animou investidores, segundo Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos.

"A Petrobras celebrou um novo aditivo ao contrato de compra de gás natural com a YPFB ( Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos), trazendo mais previsibilidade ao fornecimento de gás ao mercado local", comentou Alves. Também favoreceu o ganho da Petrobras a alta do petróleo no mercado internacional. O preço de referência da matéria-prima bruta tinha alta de 1,30% no início da noite, com o barril do Brent negociado a US$ 96,15 (R$ 492,68). No mercado de ações de Nova York, o indicador S&P 500, parâmetro para a Bolsa, caiu 0,12%.

Dólar cai a R$ 5,11

No câmbio, dólar caiu pela terceira vez frente ao real, continuando o movimento de depreciação visto na semana passada. Ao recuar 1,06%, o dólar comercial fechou cotado a R$ 5,1130 na venda. É o menor valor desde o encerramento do pregão de 15 de junho, quando a divisa valia R$ 5,029. Na sexta-feira (5), o real obteve a maior valorização frente ao dólar em relação às principais moedas, além de ocupar a terceira posição entre as divisas de países emergentes que mais subiram no dia, atrás do rublo da Rússia e do baht tailandês.

O otimismo predominou no mercado financeiro brasileiro na semana passada, com investidores avaliando o comunicado do Banco Central da última quarta-feira (3), que elevou a taxa Selic para 13,75% ao ano. Embora a autoridade monetária tenha deixado a porta aberta para um novo aumento em setembro, investidores consideraram que haverá uma pausa no aperto ao crédito nos próximos meses. Como há a expectativa de queda da inflação, o juro real (taxa nominal descontada a inflação) tende a subir e isso atrai mais dólares para a renda fixa do país.

A alta da Selic já reforçou a posição do Brasil como líder do ranking mundial de juros reais, situação que ocupa desde a reunião de maio do comitê monetário do Banco Central, segundo levantamento do portal MoneYou e da gestora Infinity Asset Management. O setor de commodities valorizado também favoreceu os ganhos na Bolsa de Valores brasileira. O Ibovespa, índice de referência do mercado de ações, subiu 3,21% na semana passada. No exterior, porém, o dólar voltou a ganhar força após o governo dos Estados Unidos divulgar que a criação de vagas de trabalho em julho superou as expectativas.

A taxa de desemprego caiu para 3,5%, a mínima registrada desde antes da pandemia. Isso indicou que a economia americana não estava em recessão, apesar de duas quedas trimestrais consecutivas do PIB (Produto Interno Bruto). Investidores voltaram a considerar, portanto, que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) manterá um nível semelhante de aumento da sua taxa de juros das duas últimas reuniões, de 0,75 ponto percentual. Juros mais altos aumentam a rentabilidade dos títulos do Tesouro dos EUA e valorizam o dólar. (Folhapress)

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