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Menina Benigna é beatificada no Ceará

Por Redação

25/10/2022 às 04:34:35 - Atualizado há

A beatificação foi autorizada pelo papa Francisco em 2019. Com o reconhecimento, a Menina Benigna se torna a primeira beata cearense e a quarta mártir do Brasil. A solenidade deveria ter acontecido em outubro de 2020, mas, devido à pandemia de COVID-19, o Vaticano adiou a data. Para a cerimônia, foi montado um palco de 33 metros de largura por 12 metros de profundidade, fazendo referência à idade de Cristo e aos 12 apóstolos.
A menina homenageada nasceu em 15 de outubro de 1928, em Santana do Cariri. Em 24 de outubro de 1941, ela se recusou a ter relações sexuais com Raul Alves, que a matou com golpes de facão. Depois do ocorrido, ela se tornou um símbolo de resistência na região, por lutar contra a violência sexual. Em 2013, a arquidiocese de Crato recebeu o sinal do Vaticano, autorizando o processo de beatificação.
A cearense ficou órfã de pai e mãe ainda criança e foi criada pelos irmãos. De acordo com Danilo Sobreira, coordenador de Pastoral da Paróquia Senhora Sant'Ana de Santana do Cariri, cidade natal da mártir, Benigna era vista como santa ainda quando criança, pela sua devoção a Deus e pureza. Segundo o relato, ela começou a ser assediada aos 12 anos por um jovem chamado Raimundo Raul Alves Ribeiro, mas sempre negou as investidas.
“Após várias tentativas de aproximação, ele armou uma emboscada por volta das 16h de 24 de outubro de 1941. Após chegar da escola e quando ia buscar água próximo de casa, ele a abordou sexualmente. Ela rejeitou por ver no ato uma ofensa a Deus e, em consequência, ele a golpeou várias vezes com facão, tirando a sua vida. Desde então, ela é invocada como heroína da castidade e mártir da pureza”, conta, em relato ao Vaticano.
Na região do Cariri, será inaugurado em 2023 o Complexo de Benigna, que ficará próximo à capelinha do martírio. O local terá uma estátua de Benigna de mais de 20 metros.
ETAPAS A beatificação é um processo interno da Igreja Católica que autoriza que alguém tenha sua imagem venerada. Isso pode ocorrer a partir de um milagre reconhecido ou o martírio, que é um sacrifício em nome de Deus. O processo difere da canonização, que é quando um beato vira santo. Para isso, é necessária a comprovação de pelo menos dois milagres.
O processo de beatificação de Benigna teve início em 2011, com o pedido feito pela Diocese do Crato. Em 2013 foi formada uma comissão para analisar os relatos de pessoas que viveram com ela e possíveis milagres realizados pela menina. Em 2019, o Vaticano reconheceu seu martírio.
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