Minas Gerais Gerais

Aglomerado da Serra está há 300 dias sem registros de homicídios

Por Redação

28/10/2022 às 21:21:01 - Atualizado há

Conforme Quirino, desde a implementação do Grupo Especializado de Policiamento em Áreas de Risco (Gepar) na comunidade, em 2004 ,os índices criminais correlatos ao homicídio reduziram “drasticamente”. Além disso, com a ampliação do diálogo entre os policiais e moradores, a apreensão de drogas e armas de fogo aumentaram. 
“Todas as ações são fruto da parceria com a comunidade que, através do 190 e do 181, repassam informações importantes para que a Polícia Militar, através do Gepar, possa trazer segurança para a comunidade”, comemorou o major. 
Cristiane Pereira, também conhecida como Kika, é uma das lideranças do Aglomerado da Serra e confirma que os homicídios diminuíram na comunidade. Ela explica que desde a criação do Observatório das Quebradas a comunicação dos moradores com a PMMG melhorou.  “A princípio, a gente não tinha um diálogo com a PM, mas depois que o observatório foi criado nós ampliamos essa comunicação [...] Hoje, eles conhecem a gente e sabem que somos um coletivo que também se preocupa com a segurança na comunidade. Eles fazem parte deles e a gente a nossa”, disse Kika.
Além dos homicídios, o tráfico de drogas é outra preocupação dos militares que atuam no maior aglomerado urbano de Minas Gerais. De acordo com o comandante da 127ª Cia, do 22º Batalhão, o crime é combatido diariamente com prisões sendo efetuadas todos os dias, porém, a população ainda tem que conviver com esses delitos. 
“Os estudos mostram que o tráfico de drogas é responsável por mais de 60% dos casos de homicídio, em qualquer localidade. Então, aqui no Aglomerado da Serra não seria diferente. A maior parte dos homicídios que eclodem aqui tem envolvimento com esse tipo de delito”, afirma.

Ações violentas

Além da queda dos homicídios, a comunidade do Aglomerado da Serra ainda percebeu uma melhora em relação ao tratamento concedido pelos militares que atuam no local, durante as abordagens. Ela explica que até 2017, antes da criação do Observatório das Quebradas, muitas demandas da população eram relacionadas à violência policial. Agora, os episódios de  abordagens abusivas caíram. 
“Desde quando começamos esse diálogo [ com a PM] as coisas mudaram e melhoraram bastante. O Gepar conhece toda a comunidade”, diz. 
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