Agora pastor, Guilherme de Pádua estava à frente de um departamento de assistência a pessoas que foram presas. De acordo com Márcio Valadão, o ministério tem oito casas que abrigam os ex-presidiários, que também são encaminhados para emprego. “Se não dá apoio, eles voltam (para o crime)”, disse o pastor Márcio Valadão, presidente da Batista da Lagoinha, após a celebração do culto fúnebre.
Pessoas que eram lideradas pelo ex-ator fizeram homenagens durante o velório e destacaram o acolhimento recebido pela direção das casas. Um dos participantes classificou Guilherme como amoroso e engajado na recuperação de detentos.
De acordo com o depoimento, Pádua auxiliava os participantes com moradia, alimentação e incentivo para mudança de vida. "Ele chegou a pagar um curso do próprio bolso para mim", disse um dos fiéis, que afirmou ter deixado o crime para se dedicar à confeitaria.
Familiares de Guilherme, como a esposa dele, Juliana Lacerda, também falaram sobre o ex-ator. Segundo ela, o casal tinha um casamento “abençoado por Jesus” e que os projetos do marido nas cadeias “não iriam morrer”.
Um dos irmãos de Pádua afirmou que, em seu último encontro com com o ex-ator, ele demonstrou angústia sobre "como seria sua morte". De acordo com o familiar, Guilherme temia não ter uma morte tranquila. Em seguida, ele foi até o caixão e destacou o sorriso do ex-ator. "Você venceu", disse.
Estado de Minas