O tom da gestão do hospital é de celebração, e, para isso, um evento de reinauguração será realizado na próxima segunda-feira (21/11), às 16h, no Salão Nobre da instituição.
Segundo a Santa Casa, a cerimônia terá a presença do provedor do hospital, Roberto Otto Augusto de Lima, do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, bem como de diretores, conselheiros, empresas apoiadoras e outras autoridades. Além de entregar novamente os leitos para a sociedade, o objetivo do evento é dar um retorno sobre os recursos utilizados na reforma após o incêndio. Em setembro, a assessoria da unidade hospitalar disse que a desativação dos 50 leitos do CTI no 10º andar – local destruído pelas chamas – causou um forte impacto no Sistema Único de Saúde (SUS), já que a Santa Casa é o maior hospital filantrópico da rede no estado, além de realizar mais de 43 mil internações e mais de 11 mil cirurgias por ano. Para tentar levantar todos os recursos necessários, a Santa Casa da capital mineira tentou levantar R$ 5,4 milhões por meio de doações. No entanto, a reforma começou no início de outubro, tendo atingido apenas 41% da meta. “Sofremos um grande impacto com o incêndio, principalmente porque, com 50 leitos de terapia intensiva a menos, deixamos de atender pacientes de todo o estado de Minas Gerais. Ao mesmo tempo, fomos bastante resilientes e, já nos primeiros dias, começamos a trabalhar para que tudo voltasse ao normal o mais rápido possível. Por isso, queremos agradecer e celebrar essa vitória com quem fez parte dela”, destacou o provedor da Santa Casa, Roberto Otto.
O incêndio
Em 27 de junho, três pessoas perderam a vida no incêndio que atingiu a Santa Casa: Cezar Freitas de Jesus, de 51 anos; Otávio Jordany Melo Rezende, de 23 anos; e uma vítima que não teve a identidade revelada pela Polícia Civil. Os corpos chegaram ao Instituto Médico Legal no dia seguinte e foram reconhecidos por familiares. Havia 931 pacientes internados na Santa Casa quando as chamas se alastraram, sendo que 50 deles estavam no 10º andar – local atingido pelo fogo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, as chamas começaram com uma pequena explosão em um dos equipamentos da unidade hospitalar. Além das mortes, 25 funcionários foram internados na ocasião. Nos últimos dez anos, outras duas vezes as chamas tomaram conta do prédio: 2012 e 2016. Apesar disso, esta foi a primeira vez em que houve vítimas.Estado de Minas