Conforme a denúncia, imagens de câmeras de segurança coletadas pela investigação e declarações mostraram que as quatro vítimas foram abordadas de maneira truculenta. Um dos militares, portando arma de elastômero, teria disparado contra um dos cidadãos abordados mesmo não existindo ameaça de agressão ou mínima resistência. Os exames de corpo e delito apontaram que a vítima sofreu lesões no rosto, abdômen e dorso.
“Os militares, obviamente armados e em evidente superioridade de forças, abordaram os quatro cidadãos efetuando voz de prisão por suposto desacato praticado momentos antes, tendo os submetidos a ordem de busca pessoal, sem que contra eles houvesse fundadas suspeitas de ocultação de arma proibida ou objetos mencionados nas letras b a f e letra h do artigo 240, § 1º, do Código de Processo Penal”, afirma a denúncia.
O Ministério Público também pediu a exclusão dos militares denunciados em ações operacionais ou policiamento preventivo, considerando a animosidade criada pelos agora réus e devido à repercussão das ações policiais na comunidade.
Um dos denunciados responderá por lesão corporal grave, abuso de autoridade e falsidade ideológica. Três responderão por abuso de autoridade.
Outros três policiais foram denunciados por lesão corporal, sendo que um deles também responderá pelo crime de perigo para a vida ou saúde de outrem.