A decisão foi tomada depois de uma reunião, que durou cerca de seis horas, entre os manifestantes, representantes do Senac, da Urbel, da Secretaria de Assistência Social, Ministério Público e Defensoria Pública.
Os representantes do movimento não aceitaram a proposta do Senac de pagar aluguel social e dar cestas básicas para as famílias. Diante do impasse, a entidade vai recorrer à justiça para pedir a reintegração de posse do imóvel, que segundo o MLB estaria abandonado há quase dez anos.
O movimento reivindica o direito à moradia e o cumprimento da função social de imóveis que estão sem utilidade na capital. Só em Belo Horizonte, segundo o MLB, existem mais 107 mil imóveis vazios, enquanto quase 9 mil pessoas estão nas ruas.
Um dos líderes do movimento, Leonardo Péricles, comemorou a abertura do diálogo com as entidades, apesar do impasse. "Estamos debatendo a volta do povo trabalhador e, sobretudo negro, pro Centro da cidade. Que foi expulso lá quando Belo Horizonte foi criada. Estamos discutindo um problema muito maior, muito mais sério", disse.