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Marido de cantora gospel acusado de pirâmide financeira é solto

David Robson de Barros, marido da cantora gospel Isabela Cristi Gomes Barros, teve a prisão preventiva revogada pela Justiça mineira.



A reportagem procurou o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para saber detalhes da revogação da prisão. No entanto, foi informado que o processo corre em segredo de Justiça e, por isso, seu andamento não pode ser divulgado. 
O casal foi preso pela primeira vez em maio de 2022. Na mesma época, Isabela passou para o regime de prisão domiciliar, por ter uma filha de três meses. Em agosto do mesmo ano, David também recebeu a revogação da detenção. 
Eles são acusados de usar cultos em igrejas evangélicas para atrair investidores para sua plataforma digital, onde prometiam lucros elevados em operações de compra e venda de ações na Bolsa de Valores. No início das investigações, 15 pessoas das cidades de Vespasiano, Lagoa Santa e Belo Horizonte registraram queixas, mas as vítimas do possível esquema ultrapassaram cerca de 300. 
De acordo com a Polícia Civil (PCMG), a empresa ID Investimentos tinha em torno de três mil clientes cadastrados com valores aportados de R$ 4 mil a R$ 40 mil. Contudo, houve quem colocasse cerca de R$ 150 mil em posse dos suspeitos.

“Propósito de Deus”


Isabela Cristi Gomes Barros e o marido David Robson de Barros, de 33 anos, são donos da plataforma I&D Investimentos, que comprava e vendia ações na bolsa de valores na operação denominada 'day trade'. Eles foram denunciados por estelionato ao não pagarem as promessas de lucros. Segundo as vítimas, a plataforma prometia o retorno dos aportes dos clientes em até 40 dias, mas, após os prejuízos, eles não eram mais atendidos pelo casal.Em depoimento à Polícia Civil, David disse que operava como trader na bolsa de valores, ou seja, ele adquiria e negociava papéis no mesmo dia com o objetivo de obter lucro. Ele afirmou que ampliou as aplicações após a criação de 12 grupos de investidores no WhatsApp. Além disso, ele e Isabela frequentavam igrejas evangélicas da região e, durante os cultos, diziam que “investimento era um propósito de Deus”.
Na primeira vez que foram presos, conforme a polícia, o casal resistiu à ordem de prisão, e a porta do imóvel precisou ser arrombada. Além disso, eles tentaram usar a filha de apenas três meses como “escudo”.

Estado de Minas

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