A 11ª Semana de Arte Aldravista celebra os 22 anos do Movimento Aldravista, nascido na cidade de Mariana-MG, no ano de 2000. Além da presença de diversos autores, artesãs e músicos na cidade de Mariana, estão previstos lançamentos de livros, palestras, oficinas, bate-papo literário, espetáculos, tertúlias e entrega de premiações.
A 11ª edição da Semana da Arte Aldravista é sinônimo de resistência e persistência do grupo dos poetas criadores da Aldravia. Desde o ano de 2012, os escritores: Gabriel Bicalho, Andreia Donadon Leal, J.S.Ferreira, J.B.Donadon-Leal, José Luiz Foureaux de Souza Júnior e Hebe Rôla divulgam a arte aldravista na cidade de Mariana, em Minas, no Brasil e no exterior. Foram realizados inúmeros lançamentos de livros, exposições, oficinas de poesia, palestras e tertúlias no município e no exterior, divulgando a literatura e as artes visuais contemporâneas. A maioria dos eventos literários ocorreu em Mariana, trazendo inúmeros autores, amantes da poesia e artistas de outras cidades e estados brasileiros para a cidade. (Doutoranda Andreia Donadon Leal – Coordenadora da 11ª Semana de Arte Aldravista)
O Movimento de Arte Aldravista, originário de Mariana, concorre para o desenvolvimento de atividades de utilidade pública junto às escolas locais e à própria população de Mariana e região. Neste sentido, não nega sua vocação libertária e provocadora, que abre caminhos – como a função da matrix cellula conceitual do próprio movimento: a aldrava, peça que, originariamente, foi usada para chamar a atenção, abrir portas, anunciar. A peça foi metonimicamente modificada e adaptada para o fim estético do movimento. Seu significado permanece, como vocação irrecorrível. Distribuição de livros, oficinas, visitas orientadas à Casa da Arte Aldravista – sede do Movimento – são alguns dos bastiões da utilidade pública do Aldravismo, como movimento cultural de amplo espectro. Os livros, que ora vêm a público, é, como seus antecessores, duas antologias do que se produz no âmbito do movimento. Alarga-se o campo de abrangência deste, por apresentar produções de vários pontos do país e do mundo. Por outro lado, amplia o horizonte de expectativas do próprio movimento, na consolidação de sua mascote, sua linha de força, sua pièce de résistance: a aldravia. (Professor Dr. José Luiz Foureaux de Souza Júnior)
Não há qualquer exagero, caro leitor, em chamar Mariana de Cidade da Poesia no ano de comemoração dos 300 anos de nascimento de Frei Santa Rita Durão. Ele nasceu em 1722, no Inficionado ou Cata Preta, hoje distrito de Santa Rita Durão, dois anos depois da criação da Capitania de Minas Gerais, e veio a ser o autor da primeira epopeia brasileira – Caramuru, composta em dez cantos, totalizando 6.672 versos decassílabos, obra também precursora do indianismo brasileiro. O poema épico narra o descobrimento da Bahia, a partir de um fato verídico, do náufrago Diogo Álvares Correa, o Caramuru, que se torna líder da tribo Tupinambá, ao longo da costa da Bahia, tendo um romance com Paraguaçu, para a ira de Moema, que morre tentando seguir a embarcação que zarpava rumo a Portugal.