O ex-prefeito de Ouro Preto (MG), Júlio Pimenta, relatou ter sido vítima de agressão no último domingo (16), após um evento na cidade histórica. De acordo com ele, dois indivíduos iniciaram ofensas verbais e, em seguida, um deles o golpeou no rosto com uma baqueta de percussão. A Guarda Municipal interveio, detendo os suspeitos, que foram conduzidos à delegacia.
A situação se tornou pública por meio de um vídeo compartilhado pelo ex-prefeito em suas redes sociais. Ele contou que, ao deixar o evento e se dirigir ao carro, foi alvo de ofensas. Segundo seu relato, tentou ignorar as provocações, mas, ao retornar pelo mesmo caminho, foi novamente hostilizado.
"Eu estava em um evento com a família, o evento acabou e eu fui buscar meu carro, que estava estacionado no final da rua. Passei por aqui, eles começaram a me agredir verbalmente, eu desconsiderei, fui caminhando no sentido do carro e entrei no carro. Eu tinha que passar por aqui, no mesmo local que eles estavam, é uma rua sem saída, então não tinha por onde passar e aí eles intensificaram a agressão verbal", relatou.
Diante da persistência, saiu do carro para questionar os agressores, instante em que um deles o segurou enquanto o outro o atacava. "Podia ter sido na cabeça, podia ter tido um traumatismo craniano, podia ter perdido a visão", afirmou. Após o ocorrido, o ex-prefeito realizou exame de corpo de delito e formalizou uma queixa criminal contra os dois envolvidos.
Investigação sobre o caso
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) investiga o caso, e declarou em nota:
"Em relação à ocorrência registrada no último domingo (16/2), em Ouro Preto, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que o envolvido, de 28 anos, foi conduzido e ouvido pela autoridade policial. Na ocasião, foi lavrado Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), através do qual ele se comprometeu a comparecer perante o Juizado Especial Criminal do município, em data a ser agendada, conforme previsão legal".
"A escola de samba não pode ser responsabilizada?"
Ao ser perguntado sobre o caso, Júlio Pimenta, ressaltou que os suspeitos apresentavam sinais de embriaguez e afastou qualquer responsabilidade da escola de samba Inconfidência Mineira, mesmo que os envolvidos estivessem usando camisetas da agremiação."O evento já tinha acabado, foi uma ação isolada dos dois. A escola de samba não pode ser responsabilizada pelos atos de seus membros após o evento, embora os suspeitos estivessem usando camisetas da agremiação. Agora vão responder pelos atos irresponsáveis", disse.
Ele também afirmou não saber quem registrou o episódio em vídeo, mas as imagens rapidamente se espalharam nas redes sociais. "Não sei quem filmou. O vídeo chegou na rede social", comentou. Diferente do que foi inicialmente divulgado, o político esclareceu que estava sozinho no carro no momento da agressão. Em um dos vídeos, uma mulher aparece tentando empurrá-lo para dentro do veículo. "Ela disse: 'Entra no carro, vai embora'. Ela também me empurra para dentro do carro", relatou.
Medidas legais
Sobre as medidas legais, Júlio Pimenta considera o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) assinado por um dos suspeitos insuficiente e afirmou que seu advogado está recorrendo. "Não considero essa medida suficiente. Meu advogado está recorrendo", declarou. Também informou que solicitou imagens de câmeras de segurança para auxiliar na investigação