Promover a troca de experiências entre produtores rurais e especialistas do agronegócio, apresentar práticas bem-sucedidas em outras culturas e identificar oportunidades de aprimoramento de suas próprias atividades.
Promover a troca de experiências entre produtores rurais e especialistas do agronegócio, apresentar práticas bem-sucedidas em outras culturas e identificar oportunidades de aprimoramento de suas próprias atividades. Este foi o objetivo da missão técnica realizada pelo Sebrae Minas com produtores de morango do Sul do estado, no período de 18 a 20 de fevereiro, em Patrocínio, no Cerrado Mineiro, região reconhecida pela excelência na produção de cafés de alta qualidade.
Durante a missão, o grupo visitou a Associação dos Produtores do Cerrado (APPCER) e a Federação dos Cafeicultores do Cerrado, onde conheceram o impacto da cadeia produtiva na valorização local e no fortalecimento da marca. Eles também trocaram informações sobre Indicação Geográfica (IG), rastreabilidade do produto, fiscalização, articulação e estratégias de vendas que agregam valor ao produto durante a visita à Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Expocacer), com acesso à sede, galpão de armazenamento e cafeteria. A Região do Cerrado Mineiro foi pioneira nas Indicações Geográficas brasileiras. Foi a primeira região cafeeira reconhecida como Indicação de Procedência, no ano de 2005 e como Denominação de Origem no ano de 2013.
A contadora e produtora de geleias artesanais de morango Eliete Garcia Rodrigues acredita que a missão permitiu ao grupo observar como a cooperação impulsiona o desenvolvimento de um território e agrega valor a diferentes setores. "Vimos que, com a união de forças, o apoio de entidades como o Sebrae e a determinação de empresários e empreendedores, é possível tornar nossos negócios mais competitivos e atrativos, inclusive em nível internacional", frisa.
Já o empresário do agronegócio Edivaldo José de Melo viu na missão a oportunidade de aprender como agregar mais valor ao produto sul-mineiro. "Durante as visitas, ficou evidente que com tecnologia o produtor consegue aprimorar o processo produtivo, implantar a rastreabilidade e, consequentemente, ofertar mais segurança para o consumidor final", avalia.
Desde 2017, o empresário é responsável pelo "Ceasinha do Morango", em Bom Repouso, criado para ser o centro de distribuição do morango produzido na região. Diariamente, cerca de 500 produtores e 80 compradores de várias partes do estado passam pelo local. Durante as negociações, são comercializadas aproximadamente 120 mil caixas do fruto.
Associativismo
Há mais de 15 anos, o Sebrae Minas atua em Bom Repouso na realização de ações que incentivam a cultura da cooperação e do associativismo, a fim de aprimorar as técnicas de cultivo e gestão, fortalecendo a competitividade dos agricultores no mercado. Segundo a analista da instituição Pâmela de Carvalho Dias, ações como essa reafirmam o compromisso com o desenvolvimento sustentável e competitivo da fruticultura no estado, fortalecendo as bases para que os produtores locais alcancem novos patamares de excelência e prosperidade em suas atividades.
“Proporcionar aos produtores a vivência em outras realidades produtivas é fundamental para ampliar horizontes e incentivar a adoção de práticas que podem transformar positivamente a cultura do morango em nossa região. Essa interação promoveu reflexões sobre a importância da cooperação, da inovação e da busca constante por qualidade nos processos produtivos", afirma.
Produção de morangos no Sul de Minas
O Sul de Minas Gerais é o principal polo produtor de morango do Brasil. A região abriga 25 municípios que, juntos, representam mais de 60% da produção nacional do fruto. Entre eles, destaque para Pouso Alegre, Cambuí, Tocos do Mogi, Bom Repouso, Estiva e Senador Amaral. Em 2024, a área plantada no polo morangueiro do Sul de Minas foi de 3.381 hectares, com uma produtividade média estimada em 51,3 mil quilos por hectare.
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Assessoria de Imprensa Sebrae Minas| Regional Sul
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