Teich é o segundo a prestar depoimento à CPI da Covid. O ex-ministro da saúde ficou apenas 28 dias no cargo, entre abril e maio do ano passado. O ex-ministro da Saúde Nelson Teich disse nesta quarta-feira (5), ao ser questionado sobre a atuação do ex-ministro Eduardo Pazuello no comando da pasta da saúde, que '"seria mais adequado'" ter ministro com "conhecimento maior sobre gestão em saúde".
Teich é o segundo a prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. O ex-ministro ficou 28 dias à frente do ministério, entre abril e maio do ano passado. Nesta terça-feira (4), a comissão ouviu, por mais de sete horas, Luiz Henrique Mandetta.
"Eu quero deixar claro que eu não falei que ele era qualificado, só que ele teve uma evolução. Isso é uma coisa importante. Na posição de ministro, acho que seria mais adequado um conhecimento maior sobre gestão em saúde", afirmou Teich.
O ex-ministro, Eduardo Pazuello ocupou o cargo de secretário-executivo do Ministério da Saúde na gestão de Nelson Teich a frente da pasta. Em seu depoimento, Teich disse que Pazuello foi indicado por Bolsonaro e que acreditava que o general poderia ocupar o cargo de número dois do ministério sob sua orientação.
“Ele [Pazuello] foi indicado para mim pelo presidente”, afirmou. “[...] embora ele não tivesse experiência em saúde eu contava que sob a minha orientação ele executasse de forma adequada o que fosse definido na minha estratégia de planejamento”, disse Teich.
Em seu discurso, o ex-ministro disse ainda que pediu demissão do cargo diante do desejo do governo de "ampliação do uso da cloroquina".
"O pedido específico [de demissão] foi pelo desejo [do governo] de ampliação do uso de cloroquina. Esse era o problema pontual. Mas isso refletia uma falta de autonomia e uma falta de liderança", disse Teich.
