Segundo a Polícia Civil, ele também foi indiciado por tentativa de estelionato, fraude e corrupção ativa. O crime ocorreu no dia 1º de junho deste ano. Inquérito policial sobre morte de dona de salão de beleza em Muriaé
O policial militar, de idade não informada, que foi preso no dia 1º de junho por envolvimento na morte de Nayara Andrade Rocha, na época com 34 anos, foi indiciado por homicídio qualificado, tentativa de estelionato, fraude processual e corrupção ativa. O inquérito foi concluído pela Polícia Civil na sexta-feira (6).
Segundo o inquérito, o policial, que era primo da vítima, teria praticado o crime motivado pelo pagamento de prêmios do seguro de vida dela.
"Durante levantamentos foi constatado que o investigado se passou pela vítima no momento da contratação de seguros. Além disso, também se passou pela mãe da vítima, suposta beneficiária, para requerer o pagamentos das apólices", diz a polícia.
Ainda durante as investigações foi apurado que o carro utilizado no crime foi comprado em Belo Horizonte. Após a execução da vítima, o veículo foi localizado em Viçosa, cidade onde o investigado deixou uma motocicleta guardada para voltar para Muriaé.
Houve, ainda, indícios de oferecimento de vantagem indevida por parte do policial para "frear" as investigações.
A Polícia Civil também informou que o inquérito já foi enviado para o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O G1 entrou em contato com o órgão para confirmar o recebimento, mas até a publicação desta reportagem ainda não havia retorno.
O crime
Nayara Andrade Rocha, de 34 anos, foi atingida por disparos de arma de fogo no dia 1º de junho, dentro do salão de beleza do qual é proprietária, no Bairro Barra, em Muriaé.
Ela foi encaminhada ao Hospital São Paulo, mas teve a morte confirmada pela unidade no dia 3 de junho. Ela sofreu perfurações no ombro, na perna e na barriga.
Antes de falecer, a vítima contou à Polícia Militar (PM) que estava trabalhando no estabelecimento quando um indivíduo entrou, realizou vários disparos e fugiu com o celular dela.
Carro usado pelo suspeito para a prática do crime.
Policial Militar é preso
No dia 22 de junho, o G1 noticiou a prisão do policial, que não teve a idade divulgada, como suspeito de envolvimento na morte de uma mulher. De acordo com a Polícia Civil, o militar era primo da vítima.
As apurações do crime apontaram que o militar forjava documentos para recebimento de indenização, ultrapassando o valor de R$ 15 milhões recebidos.
Após solicitação de posicionamento oficial feita pela reportagem na época, a Polícia Militar (PM) de Muriaé afirmou que não divulgaria nenhuma nota ou declaração sobre o caso, já que o crime não foi cometido enquanto o policial trabalhava.